No século XX, Ruanda enfrentou um verdadeiro genocídio, quando a etnia hutu iniciou a massacrar a etnia tutsi.
O evento horrorizou o mundo inteiro e foi responsável pelo extermínio de 70% da etnia tutsi. Assim, devido à sua importância e às suas proporções, o massacre aparece em muitas questões de provas brasileiras, especialmente naquelas de Atualidades.
O genocídio em Ruanda aconteceu no ano de 1994. No dia 7 de abril de 1994, iniciou-se um massacre pela etnia Hutu contra aqueles que pertenciam à etnia Tutsi.
Durante a Primeira Guerra Mundial, mais especificamente no ano de 1916, a Bélgica dominou a Ruanda. Na época da colonização, os tutsis representavam 14% da população. Os hutus, por sua vez, representavam 84%, ou sejam, a maioria. O restante era formado por diversas etnias, como os Twa.
Porém, os belgas introduziram um conceito que não existia ainda em Ruanda: baseados em teorias raciais existentes no continente europeu, os colonizadores afirmaram que existiam certas características físicas nos tutsis que os tornavam “melhores” que os hutus.
Dessa forma, os tutsis receberam o direito de estudar e de ocupar cargos importantes ao lado dos belgas, enquanto os hutus eram marginalizados. E foi exatamente a partir desse momento que o rancor entre as duas etnias passou a crescer.
No ano de 1962, os belgas se retiram do país. Ruanda se declara independente e os hutus, compondo a maioria, passaram a ocupar o governo.
Diversos tutsis fogem do país. Em 1994, o presidente hutu Juvénal Habyarimana aceita assinar um tratado de paz entre as etnias. Porém, essa atitude ofende os hutus radicais, que queriam vingança e não paz.
No mesmo ano, o presidente é assassinado repentinamente e os hutus apontam os tutsis como responsáveis pelo crime.
As diferenças entre as duas etnias não eram propriamente físicas. A maior diferença entre hutus e tutsis se relaciona às atividades econômicas e à divisão de poder.
Os hutus sempre foram agricultores. Os tutsis, por sua vez, se dedicavam à criação de gado e, sendo assim, sempre possuíram mais riquezas que os hutus. Igualmente, os melhores cargos dentro do governo eram ocupados pelos tutsis.
Assim, os hutus haviam encontrado o pretexto perfeito para realizar o que queriam: exterminar os tutsis. Os líderes das milícias hutus convocam a população para iniciar um massacre.
No dia 7 de abril de 1994, inicia-se, em Ruanda, uma verdadeira a caça aos tutsis. Tutsis e hutus moderados eram assassinados sem piedade. Cerca de 800 mil pessoas, o equivalente a 70% da população tutsi, morreram em 100 dias.
Países estrangeiros se recusaram a intervir no genocídio. O massacre terminou quando a Frente Patriótica Ruandesa derrotou o Poder Hutu, em julho de 1994.