Os motoristas do Brasil que utilizam gasolina receberam uma péssima notícia nesta semana. De acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o combustível fóssil ficou 2,46% mais caro desde o reajuste promovido pela Petrobras, no último dia 16 de agosto.
O valor médio nacional do combustível chegou a R$ 5,82 por litro nos postos do país neste final de agosto, superando a média dos dez primeiros dias do mês (R$ 5,68). Já na comparação com o final de julho, o aumento chegou a 1,7%, visto que, à época, o preço médio da gasolina era de R$ 5,72 no país.
Em resumo, a Ticket Log realiza o levantamento através da coleta de preços referentes às transações realizadas nos postos de combustíveis. Assim, consolida esse comportamento dos consumidores, informando uma média dos valores dos combustíveis, bem como das suas variações.
O levantamento revelou que a gasolina ficou mais cara em todas as regiões brasileiras no final de agosto, em relação aos dez primeiros dias do mês. O aumento mais expressivo veio do Sudeste, onde o litro subiu 2,55%.
Embora a região tenha registrado o maior avanço do país, continuou com o menor preço médio nacional. No Sudeste, o litro da gasolina custou R$ 5,62, abaixo do valor médio do país.
As demais regiões também tiveram aumentos superiores a 2%. Isso mostra que não houve muita diferença nas variações regionais em agosto, ou seja, os motoristas de todo o país sofreram com os preços mais elevados, de maneira semelhante.
Segundo o levantamento, a região Norte comercializou a gasolina mais cara do Brasil, a R$ 6,31. O valor ficou 8,4% maior que a média nacional. Já na comparação com o Sudeste, que teve o menor preço médio do país, a diferença chegou a 12,3%.
Cabe salientar que, entre os estados, o resultado também foi semelhante. O estado com a gasolina mais cara do país foi Roraima (R$ 6,61), que faz parte da região Norte. Em contrapartida, o menor valor foi comercializado em São Paulo (R$ 5,56), localizado na região Sudeste.
No dia 16 de agosto, a Petrobras elevou em 16,3% o valor da gasolina comercializada para as distribuidoras do país. Em resumo, esse foi o primeiro aumento no valor do combustível em quase sete meses, visto que a última vez que a companhia havia elevado o valor da gasolina foi no dia 25 de janeiro deste ano.
De lá para cara, a Petrobras promoveu outros quatro reajustes, mas todos reduziram o valor da gasolina, para alegria dos consumidores. Inclusive, apesar do forte avanço neste mês de agosto, a gasolina continua mais barata do que em 2022, ao menos para as distribuidoras.
No final do ano passado, o litro do combustível vendido pela Petrobras estava custando R$ 3,08. Já neste ano, com o mais recente reajuste da Petrobras, o litro do combustível passou a ser vendido a R$ 2,93 para as distribuidoras.
De todo modo, esses valores são bem menor que o preço médio encontrado nas bombas do país na semana passada (R$ 5,88) e reflete o quanto os motoristas precisam gastar para abastecer seus veículos com o combustível.
O levantamento da Ticket Log também revelou que o preço médio nacional do etanol ficou estável no final de agosto, em comparação com a média dos dez primeiros dias do mês. O preço médio nacional do litro chegou a R$ 3,76 no período.
Já na comparação com o final de julho, o resultado foi bastante positivo, visto que o valor médio do etanol no país estava custando R$ 3,91 no período, ou seja, houve uma queda de 3,8%, aliviando o bolso dos motoristas.
Geralmente, o etanol acompanha as variações da gasolina, visto que não há regulação dos preços do biocombustível no país. Assim, as variações do etanol são definidas pela razão entre oferta e procura, oscilando, principalmente, conforme às variações nos preços da gasolina, sua concorrente nas bombas.
Por exemplo, quando a gasolina está mais barata, promovendo um melhor custo-benefício, os motoristas tendem a recorrer ao combustível fóssil, deixando o biocombustível de lado.
No entanto, quando ocorre o contrário, e a gasolina fica muito cara, os consumidores buscam mais intensamente o etanol. E é essa relação entre demanda e oferta que determina os preços do biocombustível.
Em agosto, apesar do encarecimento da gasolina, os preços do etanol se mantiveram estáveis. No entanto, não há qualquer indício de que a situação continuará assim nas próximas semanas.