Você gostaria de vender uma moeda de 25 centavos por centenas de reais? Isso pode parecer loucura, mas algumas pessoas pagam muito dinheiro por itens que, teoricamente, valem pouco.
Isso acontece porque as peças possuem características especiais, que os tornam raros. Entretanto, poucas pessoas conseguem perceber as peculiaridades das moedas e acabam repassando-as no troco de negociações financeiras.
Caso você não saiba como identificar modelos incomuns, com características raras, fique tranquilo. Neste texto, você vai conhecer uma moeda de 25 centavos que apresenta algumas peculiaridades e, por isso, está valendo bem mais que apenas centavos.
No passado, as moedas raras despertavam o interesse e a curiosidade de poucos brasileiros que se interessavam pelo valor histórico e cultural das peças. Contudo, nos últimos tempos, o universo da numismática ganhou milhares de admiradores e adeptos no país, principalmente após a realização das Olimpíadas no Brasil.
Na verdade, esse mundo ainda causa estranheza em diversas pessoas, pois elas não entendem como peças de alguns centavos podem valer centenas ou milhares de reais. Isso acontece por causa dos numismatas, que não se importam de gastar verdadeiras fortunas para terem itens incomuns em sua posse.
Aliás, o termo numismática se refere ao estudo, pesquisa e especialização de cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico. Além disso, o nome também é comumente utilizado para designar o ato de colecionar estes itens.
A propósito, as principais características que valorizam uma moeda são: antiguidade, tiragem baixa, fabricação para datas comemorativas, erros de cunho ou fabricação e poucas unidades em circulação no país. Em suma, essas são as principais características buscadas pelos numismatas.
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Os modelos são idênticos, visto que a cunhagem ocorre de maneira automatizada, com as mesmas chapas. No entanto, alguns itens acabam apresentando defeitos, e são estes exemplares que costumam valer muito para os colecionadores.
Foi isso o que ocorreu com algumas moedas de 25 centavos, cuja cunhagem teve erros que elevaram em centenas de vezes o valor dos itens e que podem render uma boa grana para quem possuí-los.
As moedas de 25 centavos apresentadas neste texto foram fabricada em 1994. Naquele ano, houve itens produzidos sem falhas de cunhagem, mas também houve peças catalogadas com os seguintes erros: reverso na horizontal e reverso invertido.
As pessoas podem conferir se as moedas têm o reverso na horizontal ao girá-las na vertical, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a peça, o reverso ficar de lado, significa que ela está na horizontal, algo que não deveria acontecer.
Já no caso do reverso invertido, o giro também deve acontecer da mesma forma, de cima para baixo ou de baixo para cima. Caso o movimento da moeda deixe o reverso de cabeça para baixo, quer dizer que o item está com o reverso invertido em 180º.
Como a maioria das moedas não possui esses erros, o valor das peças com falha acaba disparando, já que sua disponibilidade é bem menor, pois os itens são raros. Entretanto, as peças de 1994 sem erro de cunhagem também valem mais que o normal devido à sua antiguidade.
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas Brasileiras, os itens de 25 centavos com essas características podem valer entre R$ 50 e R$ 400, a depender do seu estado de conservação. Caso a pessoa possua todos os três modelos, poderá faturar R$ 800. É muito dinheiro para peças que valem apenas centavos.
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Cabe salientar que os valores apresentados em catálogos funcionam apenas como uma base para as negociações. Caso o colecionador acredite que vale a pena pagar mais caro pelo item, ele o fará.
Em resumo, os especialistas afirmam que o melhor é manter a moeda conservada em algum saquinho plástico ou papel filme para que ela mantenha as suas formas originais.
Isso pode ser feito com outros modelos, além das moedas que já são raras, pois eles podem se valorizar com o passar do tempo. Portanto, fique atento para não deixar de ganhar uma bolada devido ao pouco cuidado com as moedas.
Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados, ou em sites de e-commerce, como Shopee, Mercado Livre e similares. Existem muitos colecionadores dispostos a pagar caro para terem modelos raros, e essa é uma chance para ganhar um dinheiro extra sem fazer muito esforço.