Nos últimos anos, o universo da numismática cresceu de maneira expressiva no Brasil. Isso aconteceu, principalmente, por causa da realização das Olimpíadas no país, em 2016.
Em suma, o evento ficou marcado pelo lançamento de 16 moedas exclusivas de 1 real para celebrar o evento mundial. O Banco Central lançou peças com estampas de modalidades olímpicas e paraolímpicas e com os mascotes do evento. Os modelos fizeram muito sucesso no Brasil e as pessoas ainda pagam caro por itens da coleção rara.
Na verdade, a valorização das moedas aconteceu por causa de vários fatores. Em primeiro lugar, as peças só foram produzidas naquele momento, em quantidade limitada, ou seja, não houve reposição das unidades. Assim, os colecionadores que não conseguiram adquirir todos os modelos em 2016 precisam pagar caro para consegui-los em 2024.
Aliás, você sabia que os numismatas pagam até R$ 1.000 por apenas quatro moedas das Olimpíadas? Essa informação pode parecer falsa, mas existem pessoas no Brasil que pagam verdadeiras fortunas por peças raras, mesmo que seu valor facial seja bem menor.
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central. Em algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares, como nas Olimpíadas. Geralmente, são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita.
Isso aconteceu com algumas moedas olímpicas, que podem ser vendidas por R$ 250, cada, segundo o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros. A propósito, as modalidades que se valorizaram com o tempo são:
Vale destacar que cada um dos modelos olímpicos fabricados pela Casa da Moeda teve uma tiragem de 20 milhões de unidades. Esse número é considerado baixo, visto que as demais tiragens anuais chegam à casa das centenas de milhões de peças.
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros, não são todas as moedas dessa modalidades olímpicas que possuem o valor de R$ 250. Em resumo, existe um erro de fabricação que fez os exemplares ficarem tão valorizados assim: o seu reverso está na horizontal 90º.
Para conferir se o modelo tem esse erro, basta girá-lo na vertical, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a moeda, o reverso ficar de lado, significa que ele está na horizontal, algo que não deveria acontecer.
Segundo o catálogo, o reverso pode apresentar o erro tanto para a direita quanto para a esquerda. Logo, a pessoa que tiver itens com essas características pode faturar muito mais dinheiro no país.
No caso das moedas da natação paraolímpica, do paratriatlo e do rugby, a rotação é para a direita. Além disso, também houve o registro de moedas do rugby com a rotação para a esquerda. Todas elas valem R$ 250, ou seja, a pessoa que tiver todos os itens poderá ganhar R$ 1.000.
As moedas costumam atrair a atenção de algumas pessoas devido às suas características históricas e artísticas. Na verdade, os colecionadores se mostram dispostos a pagarem caro por moeda com baixo valor facial devido a alguma característica que a torne única e rara.
Em síntese, os itens se valorizam, principalmente, se possuírem alguma das seguintes características: tiragem baixa, fabricação de exemplares para datas comemorativas, modelos com erro de cunho ou produção e poucas unidades em circulação no país. Como os numismatas buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens.
Entretanto, vale destacar que a maioria absoluta das moedas não possui qualquer peculiaridade que as diferenciem das demais. Nesses casos, os itens só conseguem ter uma valorização expressiva em relação à antiguidade, mas esse fator também depende da tiragem do modelo. Em outras palavras, quanto menos peças fabricadas, mais fácil que ela se valorize.
A saber, o estudo, pesquisa e especialização de cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico se chama numismática, termo que também é utilizado para designar o ato de colecionar estes itens.
Embora muitas pessoas tenham interesse de vender suas moedas raras, nem todas sabem exatamente como fazer isso. Em síntese, os interessados em comercializar modelos raros podem conseguir isso através das seguintes maneiras:
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.