O Threads é a nova rede social da Meta – dona do Facebook, Instagram e WhatsApp – e conquistou cerca de 30 milhões de usuários em menos de 24 horas. A rede social, muito parecida com o Twitter, se beneficiou da integração feita com o Instagram e também por conta de um limite temporário que a rival impôs sobre a leitura de suas postagens aos usuários.
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Com um embate acalorado entre os CEOs das duas empresas – Mark Zuckerberg do lado do Facebook e Elon Musk do lado do Twitter – a expectativa dos usuários é saber o que o Threads apresenta de novo. Aparentemente, a nova rede social da Meta apresenta uma vantagem: monetização.
Isso depende de quando o Threads se adequar ao ActivityPub, um protocolo aberto de rede social. Segundo o diretor do Instagram, Adam Mosseri, que não foi possível integrar à nova plataforma ao ActivityPub antes do lançamento, mas há planejamento para que isso ainda ocorra.
Mas por que o ActivityPub importa? Um protocolo de rede aberto permite que os dados do usuário possam ser migrados para outras redes sociais que aderem a ele. Com o ActivityPub, também é possível que postagens sejam acessadas a partir de outros aplicativos compatíveis.
Dessa forma, o alcance de um influencer ou mesmo de um usuário comum é muito maior. O próprio Mosseri destacou essa vantagem. “Se você está se perguntando por que isso (ActivityPub) importa, aqui está um motivo: você pode um dia acabar deixando o Threads. Se isso acontecer, você poderá levar seu público com você para outra rede social”, destaca.
O ActivityPub e outros protocolos de rede abertos que possam surgir são resultado da chamada “Web 3.0”, um novo conceito de internet. Os serviços e sites que acessamos hoje concentram seus dados em um local fixo, cada um usando seu servidor e localizados em diferentes partes do mundo.
Com a Web 3.0, o acesso à informação se daria com base em seu conteúdo. Ou seja, os dados de um site podem estar armazenados em vários locais simultaneamente, garantindo uma descentralização dos dados. Isso atinge diretamente o Facebook, por exemplo, impedindo que os dados fiquem somente em seus servidores.
O Threads, portanto, parece ser a jogada da Meta para entrar na Web 3.0. Assim, os dados dos usuários estarão em servidores livres para serem trocados de lugar, garantindo que eles são propriedade sua e não da plataforma.
Segundo a diretora de estratégia de conteúdo e influência do Mercado Bitcoin, Inaiara Florêncio, que conversou com a CNN, dentro dessa lógica da Web 3.0, é possível que usuários sejam remunerados pelo trabalho realizado ao postar e curtir nas redes sociais.
É importante destacar, no entanto, que ainda não se tem informações sobre a monetização dentro do Threads. Ainda de acordo com ela, plataformas de publicidade já oferecem recompensas financeiras para usuários em troca de dados ou de engajamento.
Como o Threads será aberto, é possível que isso torne mais fácil para que influencers sejam transparentes quanto à sua capacidade de influenciar a audiência.
O Threads permite aos seus usuários responder as postagens de outras pessoas, além de poder compartilhar o que elas escrevem e colocar um comentário relacionado à publicação. Ele é parecido com o Twitter, com a exceção de que ela não possibilita a visualização apenas dos posts que a pessoa segue.
De fato, a plataforma também não possui uma área em específico, para a divulgação dos trending topics, recurso que apresenta os conteúdos mais comentados na rede social. Ademais, a Meta afirmou em uma nota, que essas ferramentas deverão ser incorporadas no Threads em um momento oportuno.
A princípio, podemos dizer que o Threads é uma ferramenta do Instagram, que foi desenvolvida pela Meta, companhia do bilionário Mark Zuckerberg. Ele ficou conhecido em todo o mundo por ter criado o Facebook. Atualmente, sua fortuna está avaliada em US$ 104 bilhões, ou seja, cerca de R$ 500 bilhões.