O número de negociações com reajustes parcelados também aumentou substancialmente ano passado, conforme análise recente feita pelo Banco Central do Brasil (BCB), confira dados consolidados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), dados consolidados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em seu Salariômetro a partir das negociações coletivas, incluindo convenções e acordos nas cinco regiões geográficas, também indicam dificuldades para recomposição salarial, mas com melhora a partir de setembro.
De acordo com a Fipe, aproximadamente 50% dos reajustes ficaram abaixo do INPC em 2021 (26% em 2020). O Banco Central do Brasil (BCB) trabalha com a média simples dos reajustes nominais das convenções coletivas de trabalho de São Paulo e do Rio de Janeiro pelo critério de data de registro no Sistema de Negociações Coletivas de Trabalho (Mediador) do Ministério do Trabalho e Previdência.
As convenções consideradas são aquelas para as quais foi possível capturar adequadamente o percentual de reajuste acordado. Usualmente, há demora entre a negociação e o registro no sistema.
Exercícios sugerem que, pela data de registro, os reajustes acordados apresentam correlação mais alta com o INPC acumulado em 12 meses medido cinco meses antes. Conforme avaliação do Banco Central do Brasil (BCB), se considerada a data de início de vigência, a maior correlação é com o INPC do mês anterior.
O critério de data de início de vigência tem a desvantagem da baixa representatividade nos meses mais recentes. As duas métricas mostram resultados similares para 2021, mas o critério de início de vigência aponta perdas reais também em 2020, da ordem de 0,5%, explica o Banco Central do Brasil (BCB). Quando não se identifica o valor da compensação para esse parcelamento, essas convenções são expurgadas para o cálculo das estatísticas citadas.
Dados das negociações coletivas, sejam processados pelo Banco Central do Brasil (BCB) ou pela Fipe, não são ponderados pela quantidade de trabalhadores afetados, haja vista que essa informação não é disponibilizada nos documentos registrados no sistema Mediador.
O IDAT-Salário utiliza os mesmos dados básicos do IDAT-Emprego para estimar a variação interanual do salário médio nominal de trabalhadores formais. Não obstante as oscilações associadas aos efeitos do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda – PEMER, o indicador também sugere que o salário médio teve perdas reais desde o início da pandemia, informa o Banco Central do Brasil (BCB).