O termo fintech é a junção das palavras em inglês, “financial” e “technology”, passando a ideia da implementação de tecnologia no ambiente financeiro. A tecnologia tem sido um importante vetor no desenvolvimento de serviços nos últimos 60 anos. As fintechs são startups de soluções financeiras que aplicam alta tecnologia no trabalho que fazem.
Seu objetivo é focado na maior satisfação de seu cliente, buscando constantemente adaptar-se às demandas deste. Mas com certeza, a maior característica destas empresas de tecnologia são a democratização e simplificação dos produtos financeiros.
Rodrigo Soeiro Ubaldo, Presidente da ABfintechs (Associação Brasileira de Fintechs) falou sobre as fintechs brasileiras: “Um mercado extremamente fértil em inovações, com um nível elevado de concentração e regulação nascente, cria uma janela única de oportunidades para os investidores nacionais e internacionais no segmento brasileiro de fintechs, que hoje é o maior da América Latina”.
Mas para ele, ainda existe muito à ser feito. “Um dos principais entraves é a falta de informação de qualidade sobre a atuação das fintechs que dê segurança às ações de investidores, empreendedores e reguladores”.
O Sebrae (Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) em parceria com a ABfintechs realizou uma pesquisa inédita entrevistando 295 fintechs. O objetivo era sondar o interesse e capacidade destas novas empresas em atender os pequenos negócios. Foram encontrados estes resultados:
Muitos associam a ideia de fintech somente ao banco digital, mas saiba que este é apenas um dos ramos para qual as fintechs evoluíram. Hoje, elas prestam diversos serviços financeiros. Conheça alguns deles!
Os grandes bancos surgiram na época de 90 e alguns até na década de 80. Nos últimos anos, os estes bancos tradicionais começaram a se adaptar às mudanças trazidas pela tecnologia. Mesmo assim, por já contarem com uma clientela formada para serviços essenciais, não sentiram uma grande necessidade de se modernizar.
Durante a pandemia de Covid-19, junto com as restrições de isolamento social, surgiu a necessidade dos clientes de serem atendidos de maneira totalmente virtual. Os bancos digitais viram e aproveitaram essa grande oportunidade de expansão.
A principal diferença entre bancos tradicionais e virtuais é essa: as fintechs não tem um local físico para atendimento. Mas outra diferença já notada pelo consumidor e muito vantajosa diz respeito às taxas: são muito menores, e ás vezes, zeradas.
Outro desafio tomado pelos bancos digitais é o de resolver a desbancarização da população. Segundo dados do IBGE, publicados pela Associação Nacional dos Profissionais e Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes no País (ANEPS), são 60 milhões, quase a metade da população brasileira economicamente ativa, não possui conta em banco. Isso causa a exclusão financeira, é em parte responsável pela desigualdade social e estagnação econômica dos mais pobres.
Existem as fintecs especialistas em tornar mais eficientes os serviços de mercado de câmbio e remessas internacionais. O objetivo principal delas é proporcionar processos simplificados para o mercado tradicional, descomplicando e inovando a procura de moedas estrangeiras e remessas internacionais.
Aqui, novamente a oferta de serviços das fintechs se assemelha muito aos bancos e financiadoras tradicionais, oferecendo serviços de aquisição de bens, capital de giro e crédito pessoal e consignado.
O diferencial de muitas fintechs operando com crédito é o foco na inclusão social e financeira, de pessoas que não tem acesso à produtos financeiros. Algumas focam nos empreendedores de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade, facilitando o acesso ao microcrédito. Os juros geralmente são baixos, a burocracia é simplificada e o atendimento humanizado.
Além disso, outras facilidades são ofertadas, como intermediação entre credores e devedores, programas que buscam a instituição com crédito mais vantajoso, e até uma plataforma que une todos os boletos do cliente em um só, mensalmente.
Esta é uma modalidade de captação de investimentos pela internet, no modelo de financiamento coletivo, para as mais diversas causas. Estas fintechs atuam para unir propostas criativas a investidores, também em causas sociais e doações.
Existem as fintechs voltadas a serviços de eficiência financeira ou de dados, organizando investimentos e aplicações, onde os preços e índices são atualizados diariamente. Também existem plataformas para automatizar a cobrança de clientes, pagamento de fornecedores e antecipação de recebíveis, orientação financeira para pequenos empresários e Contabilidade e Controladoria online.
Existem fintechs criando games para treinar estratégias de investimento, ensinando de forma divertida. Também entram nesse segmento empresas de automação de investimentos em bolsa de valores (robôs investidores), para pessoa física, aonde os usuários copiam o portfólio e todas operações de compra e venda de traders mais experientes, de forma automática.
Bitcoin é uma moeda virtual que não possui uma cédula física. Sendo inteiramente digital, ela é formada à partir de um código único. Por isso, entra na categoria de criptomoeda. Existem muitas fitechs no Brasil que oferecem os serviços de um algoritmo próprio, que faz arbitragem financeira com bitcoins, com rentabilidade diária.
As corretoras de seguros online oferecem uma ampla variedade de modalidade de seguros, como: seguro auto, residencial, viagem, vida e acidentes pessoais. No âmbito corporativo, é possível encontrar seguros de vida, saúde, odontológico, além dos seguros patrimoniais, focados em pequenas e médias empresas.
Aqui você encontra as fintechs mapeadas pelo Sebrae e pela ABfintech prestadoras dos serviços citados.