Economia

Final de semana traz PÉSSIMA NOTÍCIA para os motoristas do país

Os preços médios dos três principais combustíveis subiram pela segunda semana consecutiva nos postos do país. O final de semana chegou trazendo essa péssima notícia aos motoristas, que precisaram pagar mais caro para abastecerem o tanque de combustível dos seus veículos.

Os preços da gasolina, do etanol e do diesel ficaram mais caros devido ao reajuste promovido pela Petrobras no último dia 16 de agosto. Isso quer dizer que os consumidores tiveram que gastar mais para abastecer o tanque dos seus veículos.

De acordo com o levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio nacional da gasolina subiu 4,07% em relação à semana passada. Com isso, o valor do combustível passou de R$ 5,65 para R$ 5,88.

Em resumo, esse é o maior preço médio da gasolina no país desde julho de 2022, ou seja, em mais de um ano. À época, o valor médio nacional do combustível estava em 5,89. Aliás, esse valor estava menor que o registrado em junho de 2022, quando a gasolina chegou a superar R$ 7,00.

A ANP revelou que o maior valor da gasolina encontrado nos postos do país nesta semana foi de R$ 7,62. Isso quer dizer que houve estabelecimentos que comercializaram o litro do combustível a um preço 29,6% maior que a média do país, dificultando ainda mais a vida dos motoristas destes locais.

Petrobras reajusta preço da gasolina

No último dia 16 de agosto, a Petrobras reajustou o valor da gasolina, para tristeza dos motoristas. Em suma, a companhia elevou em 16,3% o valor da gasolina comercializada para as distribuidoras. Com isso, o litro do combustível subiu de R$ 2,52 para R$ 2,93, uma alta de 41 centavos.

O valor da gasolina vendida para as distribuidoras é bem menor que os preços encontrados nas bombas. Em síntese, isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra.

Ao considerar as duas últimas semanas, desde o reajuste promovido pela Petrobras, a gasolina ficou 6,3% mais cara nas bombas, o que representa um aumento de 35 centavos, abaixo da alta para as distribuidoras. A expectativa é que os preços subam ainda mais nos postos, dificultando a vida dos motoristas.

Vale destacar que a ANP coleta preços em milhares de postos de combustíveis do país desde 2004. Com isso, divulga os valores médios dos principais combustíveis do país por estado e capital, bem como por região, além do preço médio nacional.

Preços da gasolina, do etanol e do diesel sobem pela 2ª semana. Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Etanol sobe de novo nos postos do país

O etanol hidratado seguiu a mesma trajetória da gasolina e também ficou mais caro no país nesta semana. Contudo, o avanço foi bem mais leve que o do combustível fóssil, gerando certo alívio para os motoristas que gostam de abastecer o tanque de combustível de seus veículos com o biocombustível.

Essa foi a segunda semana de alta, após cinco quedas consecutivas. Com isso, o valor médio do etanol subiu 1,39% nas bombas, passando de R$ 3,61 para R$ 3,66. Em suma, a alta de cinco centavos não deve ter pesado no bolso dos consumidores, mas a expectativa é que o biocombustível registre uma forte alta na próxima atualização do levantamento da ANP.

O preço mais elevado encontrado nos postos pela ANP foi de R$ 6,37, superando em 74% a média nacional. Isso mostra que os valores do etanol tiveram uma variação bem mais expressiva que a gasolina nesta semana.

A saber, o etanol costuma acompanhar as variações da gasolina, pois não há regulação dos preços do biocombustível no país. Na verdade, as variações do etanol são definidas pela razão entre oferta e procura, oscilando, principalmente, conforme às variações nos preços da gasolina. Isso acontece porque os combustíveis são concorrente nas bombas.

Como a gasolina ficou mais cara devido ao reajuste da Petrobras, muitos motoristas tendem a buscar o etanol como opção mais vantajosa. Com o aumento da procura, os produtores do biocombustível acabam elevando o seu valor, e isso já está acontecendo no Brasil.

Preço do diesel sobe pela quarta semana

Após mais de cinco meses de queda, o preço do óleo diesel emendou a quarta semana de alta. A alta desta semana foi bastante expressiva, para tristeza dos motoristas.

Entre fevereiro e julho deste ano, os motoristas do país não tiveram qualquer preocupação com o aumento nos valores do combustível fóssil. A última vez que o combustível havia ficado mais caro foi na primeira semana de fevereiro.

Contudo, na primeira semana de agosto, o preço médio do litro do diesel subiu no país, assim como na semana passada. As altas de 0,41% e 1,21% não impactaram de maneira significativa o orçamento dos motoristas. Contudo, na semana, o avanço chegou a 7,6%.

Dessa vez, a alta foi ainda mais forte, de 10,22%, e o valor médio nacional do combustível fóssil disparou de R$ 5,38 para R$ 5,93. Contudo, o maior valor encontrado pela ANP nos postos do país foi de R$ 7,75. Esse preço superou em 30,7% o preço médio do país, pesando de maneira mais intensa no bolso dos motoristas.

Cabe salientar que, apesar do forte avanço semanal, o preço do diesel continua menor que observado na última semana de 2022 (R$ 6,39). Isso quer dizer que os motoristas estão pagando menos pelo combustível fóssil, ao menos em relação a 2022.

Petrobras também eleva preço do diesel

A Petrobras também elevou o preço do óleo diesel no último dia 16, e o reajuste foi ainda mais forte que o da gasolina. A Petrobras elevou em 25,8% o valor do diesel, o que corresponde a 78 centavos. Com isso, o valor médio do combustível subiu de R$ 3,02 para R$ 3,80.

Da mesma forma que a gasolina, o valor dos combustíveis nas bombas é bem mais elevado do que o comercializado com as distribuidoras. Portanto, os consumidores devem ficar atentos para tentar buscar valores um pouco menos elevados.

No caso do diesel, o aumento chegou a 93 centavos desde que a Petrobras reajustou o valor. O avanço superou a alta promovida pela companhia, para tristeza dos motoristas, e o preço médio pode subir ainda mais, já que alguns combustíveis ainda podem não ter repassado o reajuste para os consumidores.