A taxa de desemprego caiu mais uma vez no Brasil e agora está em 8,1%. Os dados foram divulgados nesta semana Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são referentes ao trimestre encerrado no último mês de novembro do ano passado.
Esta é justamente a taxa de desemprego que estava sendo esperada por boa parte dos analistas do mercado. No trimestre que se encerrou em agosto, a taxa estava na casa dos 8,9%. Já no trimestre que acabou em outubro, o indicador estava na casa dos 8,3%, mostrando uma série de quedas pequenas, mas constantes.
Em números totais, os dados do IBGE apontam que o Brasil contava com cerca de 8,7 milhões de desempregados até novembro do ano passado. Até agosto, este mesmo contingente era de 9,7 milhões de pessoas, e de 9 milhões até o mês de outubro do ano passado.
Vale lembrar que o IBGE considera como desempregados os cidadãos que têm mais de 14 anos, estão procurando emprego e não encontram. Os indivíduos que não estão procurando emprego, mesmo precisando de um, não entram nesta conta do desemprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A taxa de ocupação atingiu um novo recorde considerando a série histórica iniciada em 2012. Dados do IBGE apontam que 99,7 milhões de brasileiros estão ocupados com trabalho agora. Trata-se de um aumento de 0,7% em relação ao trimestre anterior. Esta taxa representa um acréscimo de algo em torno de 680 mil pessoas.
Segundo analistas, a queda lenta e constante dos números do desemprego está relacionada com o avanço da vacinação contra a Covid-19. Este sistema fez com que as novas ondas da doença fossem menos letais.
Com a queda no número de internações e mortes, governos municipais e estaduais optaram por não aplicar mais fechamentos de serviços, fazendo com que as empresas se sentissem mais seguras para a contratação.
Contudo, ainda não se sabe se esta queda do desemprego deverá continuar neste ano de 2023. Alguns analistas afirmam que este processo pode ser impactado pelo efeito dos juros elevados, que poderia desacelerar a atividade econômica do país.
Por meio de um relatório, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmou que os números de queda do desemprego no Brasil e em outros países da região ainda não seriam suficientes para conter as perdas causadas pela pandemia.
“Os avanços no mercado de trabalho ainda estão lentos demais, insuficientes para preencher as lacunas deixadas pela pandemia. A dificuldade de acesso a empregos de qualidade, os salários insuficientes e a desigualdade são alguns dos principais desafios”, disse diretor geral da OIT, Gilbert Houngbo.
Ele disse ainda a criação de empregos nesses países não está sendo acompanhada por uma recuperação do salário e da qualidade de vida dos trabalhadores.
“Ao longo de 2022, no entanto, os ganhos reais travaram, dado o horizonte de incerteza. As empresas optaram por ajustar sua força de trabalho, aumentando o número de horas, em lugar de contratar mais.”