Platão, Galileu Galilei e René Descartes são alguns dos nomes que propiciaram o diálogo entre humanas e exatas unindo Filosofia e Matemática.
Esta perspectiva permitiu ao mundo muitos avanços e deve ser mantida como diretriz para novas descobertas, como analisa o professor associado do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marco Aurélio Kistemann. “A Filosofia e a Matemática dialogam a partir do ponto em que o conhecimento é a mola propulsora da evolução humana.”
O pesquisador analisa que a conciliação entre ambas ciências permite observar o mundo de forma mais detalhada, questioná-lo, formular conjecturas e estabelecer hipóteses em diversos contextos.
“Podemos dizer que a Matemática é a Filosofia em ação e a Filosofia é a estrada por onde caminham os avanços matemáticos, por meio do uso da razão, da lógica, de postulados e de histórias”, define.
A relevância das contribuições do filósofo Platão até hoje divide o posicionamento da academia sobre considerá-lo ou não um matemático. O que não deixa dúvidas é a sua importância para o desenvolvimento da matemática grega, sobretudo, a geometria.
Já o filósofo italiano Galileu Galilei foi responsável por uma revolução científica ao unir Filosofia, Matemática, Astronomia e Física sendo, assim, chamado de “pai da ciência moderna”. Seu vasto legado inclui a descoberta da lei dos corpos, o enunciado sobre o conceito da inércia e os estudos sobre movimento e mecânica.
Foi na busca por compreender o pensamento humano que o filósofo francês René Descartes escreveu a obra “Discurso sobre o método para bem conduzir a razão na busca da verdade dentro da ciência”, um tratado de modelo matemático que serve de base para o pensamento cartesiano. Ao unir a álgebra e a geometria, ele criou a geometria analítica.
O pensamento cartesiano dá ênfase à razão com o objetivo de se alcançar o conhecimento. “Assim, utilizando a álgebra e a geometria, Descartes estabelece uma forma de modelar fenômenos por meio da geometria analítica. As suas ações matemáticas para modelar fenômenos a partir de um pensamento racionalista irão influenciar as raízes iluministas”, explica o professor Kistemann.
E então, gostou de saber mais sobre a relação da filosofia com a matemática?
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