As figuras de linguagem estão sempre presentes nos exames de vestibulares e também na prova de literatura do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Apesar da possibilidade das diversas figuras de linguagem estarem presentes nas mais variadas representações da língua, é na literatura que elas encontram destaque.
Desse modo, são muito cobradas em provas de literatura. Por este motivo, este artigo apresenta algumas das mais cobradas recorrentemente em vestibulares e no Enem.
Porém, antes de tudo, é preciso saber em que consistem. As figuras de linguagem são mecanismos linguísticos empregados pelo falante ou escritor com o objetivo de tornar o texto mais expressivo, ou para dar ênfase.
Nesse sentido, estas são variadas e cada uma possui sentido/objetivo próprio. Veja abaixo algumas das figuras que integram o subgrupo das figuras de pensamento: ironia, hipérbole, apostrofo e personificação.
A ironia, velha conhecida nossa, consiste em dizer o oposto do que se está pensando propositalmente. Geralmente é empregada com o objetivo de obter leve efeito de humor, ou para ridicularizar ou desvalorizar algo.
Exemplo: Seu santo filho faz bullying com os colegas.
Exemplo na literatura:
“Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis […]” (Machado de Assis)
Já a hipérbole consiste no exagero para dar ênfase a algum acontecimento.
Exemplo: Quase me matei de estudar para passar no vestibular.
Exemplo na literatura: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac)
No caso dessa figura de pensamento, a ênfase é dada por interpelação.
Ou seja, a apóstrofe consiste em dirigir-se a alguém (real ou imaginário) ou a algo com pergunta ou pedido de explicação enfático.
Exemplo: Ó céus! Chuva logo agora?
Exemplo na literatura: “Deus, ó Deus! Onde estás, que não me respondes?” (Castro Alves).
Por fim, muito comum em textos literários, temos a personificação que consiste na atribuição de características humanas (físicas ou sentimentais) a animais ou a objetos inanimados.
Exemplo: O dia acordou feliz no abraço cadente do sol.
Exemplo na literatura: “Não se lembrava de Fabiano. Tinha havido um desastre, mas Baleia não atribuía a esse desastre a impotência em que se achava nem percebia que estava livre de responsabilidades.” [Baleia era a cadela de Fabiano].
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