As faculdades particulares registram queda no número de novos alunos por conta da instabilidade da economia durante a pandemia. Mesmo com ações pensadas para na tentativa de manter veteranos e atrair novos alunos, as matrículas nas particulares sofreram queda de 56%.
De acordo com Semesp, houve cerca de 350 mil ingressantes em faculdades privadas no meio do ano, enquanto no ano passado, no mesmo período, o número foi de 800 mil calouros.
A queda no número de matrícula nas faculdades particulares decorre do aumento no índice de desemprego no país e da redução na renda das famílias. De acordo com o Semesp, 3,2 milhões de alunos podem deixar o ensino superior (público e privado) até o fim do ano. Esse número é 10% acima da porcentagem de evasão registrada nos anos anteriores.
Assim, muitas instituições têm buscado alternativas para atrair os alunos, mesmo com o ensino remoto. Nesse sentido, algumas das ofertas são bolsas de estudo, seguros educacionais e até mesmo convênios com lojas de eletrônicos. Além disso, há até a oferta de chip de internet aos alunos.
A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) realizou com a Educa Insights uma pesquisa nesse sentido. Dos 748 alunos ouvidos, mais da metade disse que a faculdade facilitou a rematrícula. Entre as facilidades, os descontos são uma das vantagens mais comuns. Algumas faculdades dão, por exemplo, a opção de parcelamento das taxas mensais.
Na última sexta-feira (28), o MEC fez um anúncio indicando que vai abrir seleção para o preenchimento das vagas remanescentes do ProUni e do Fies. Espera-se que a iniciativa possa aliviar a situação das faculdades particulares.
No entanto, os desafios continuam e as quedas poderão ocorrer também em 2021, nas matrículas presenciais.
Fonte: O Estado de S. Paulo.
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