Saúde e Bem Estar

Excesso de açúcar em papinhas prontas pode colocar em risco à saúde do bebê

Produtos industrializados devem ser evitados durante a alimentação de crianças menores de seis meses

Banco de Imagens: Unsplash

Com as atribulações do dia a dia, recorrer a uma alimentação prática através dos semiprontos é uma solução cada vez mais adotada pelos brasileiros, inclusive, atualmente essas medidas estão sendo aplicadas até na nutrição dos bebês.

As papinhas prontas, por exemplo, são comercializadas em mercados e farmácias dentre inúmeras marcas, sabores e valores.

Prometendo nutrientes e vitaminas exclusivas, estas papinhas acabam sendo vistas pelos pais como produtos adequados para garantir uma alimentação saudável às crianças, entretanto, um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta para o contrário.

De acordo com o relatório, algumas versões industrializadas de papinhas apresentam mais açúcar do que o anunciado em seus rótulos, inclusive, essa quantidade não é adequada para o consumo de crianças menores de seis meses.

Além disso, muitas marcas indicam esses alimentos para crianças menores de seis meses, sendo que a OMS entre outros órgãos de saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo dos bebês até essa idade.

Riscos do açúcar na alimentação das crianças

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Segundo especialistas em nutrição infantil, o açúcar só deve ser integrado à alimentação das crianças após os dois anos de idade. Visto que a maioria dos produtos industrializados contem sacarose, o ideal é evitá-los até esse período.

Após os dois anos, o açúcar pode ser adicionado gradualmente, cerca de 25g ao dia.

Entre os principais riscos do consumo de açúcar em crianças menores de dois anos, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta para as seguintes doenças:

  • Obesidade
  • Diabetes
  • Problemas cardíacos
  • Hipertensão
  • Aumento do colesterol
  • Cárie
  • Síndromes metabólicas
  • Lesões no fígado

Além do açúcar, o sal também deve ser evitado, já que pode acarretar em algumas complicações assim como o açúcar.

Para os pais que acham que os filhos não vão aprovar ou comer as comidas feitas sem açúcar ou sal, os especialistas informam que até os dois anos, o paladar ainda está sendo formado, portando, sem conhecer essas especiarias a crianças não irão rejeitar o sabor natural dos alimentos.

Substituições saudáveis para o açúcar

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Como destacado acima, até os seis meses de vida, a criança deve ser nutrida exclusivamente com o leite materno. Após este período, durante a introdução alimentar, o pediatra pode indicar os grupos de alimentos mais propícios para cada faixa etária.

Algumas alternativas para substituir os produtos industrializados que geralmente são adocicados, inclui o uso de frutas e vegetais em receitas práticas, conforme destacado abaixo:

  • Peras ou maças cozidas com um pouco de canela: ao cozinhar, a própria fruta libera seu açúcar natural, tornando a refeição uma excelente substitua aos doces industrializados.
  • Sorvete de banana: basta bater uma banana congelada com mix, que a fruta garante a consistência parecida com o sorvete e o que é melhor, sem açúcar.
  • Geleia de ameixa: Cozinhar ameixas secas na água pode render uma geleia natural nutritiva e saborosa para os pequenos.

Além dessas receitas, um bom acompanhamento nutricional desde os primeiros meses da vida da criança pode proporcionar várias estratégias práticas e saudáveis na rotina alimentar, que sem dúvidas, irão garantir mais saúde e qualidade de vida aos bebês.