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EUA: Alunos não podem estudar na cama nem usar chinelos e pijamas em aulas online. Pais criticam

Os EUA, assim como o Brasil, estão se adaptando com a questão da educação em meio à pandemia. Lá, do ensino básico até as graduações há uma movimentação para manter as aulas online enquanto durar a necessidade de distanciamento social.

Mais precisamente em Springfield, capital de Illinois (EUA), uma decisão em relação a isso tem chamado bastante atenção e provocado críticas dos pais.

Isso porque as regras do governo para os alunos de escolas públicas tem sido consideradas rígidas demais. Os estudantes não poderão usar calças de pijama, óculos de sol, bandanas ou chinelos durante as aulas online. Além disso, serão proibidos de se sentar na cama para estudar.

De acordo com Bree Hankins, porta-voz da prefeitura, as normas para o ensino remoto foram desenvolvidas em parceria com professores, gestores e familiares dos alunos. Em entrevista ao jornal “New York Times”, ela disse que “o código de vestimenta precisa refletir o que os estudantes estariam usando caso estivessem na escola”.

As aulas em Springfield vão voltar no próximo dia 31 de agosto, seguindo o ensino híbrido. Cerca de 14 mil alunos terão que acompanhar aulas online, mas duas vezes por semana irão à escola.

Pais criticaram regras

Pais de alunos afirmaram ao “NYT” que as regras não são justas. Segundo eles, nem todas as famílias têm um ambiente apropriado para o estudo em casa, como um escritório. O quarto é, muitas vezes, o único espaço em que a criança terá silêncio para acompanhar as aulas – e ela terá de se sentar na cama.

Os familiares também afirmam que não há uma relação entre as roupas usadas pelos alunos e a capacidade de aprendizagem à distância.

Segundo a prefeitura de Springfield, as autoridades ainda não sabem como controlarão os trajes dos alunos e o ambiente em que estiverem assistindo às aulas. Mas não há, por enquanto, a pretensão de punir quem não seguir as regras.

Ainda segundo as aulas em escolas dos EUA, uma pesquisa revelou que a maioria dos pais acha inseguro retomar as aulas de forma totalmente presencial e defende que ao menos parte da educação de seus filhos seja feita de forma virtual em meio à pandemia de Covid-19.

O estudo foi divulgado na última quinta-feira, 6, pelo Washington Post/Schar School. Os resultados mostraram que 44% dos pais americanos desejam que as escolas misturem aulas online e presenciais, enquanto 39% preferem que a educação seja completamente virtual. Somente 16% querem apenas aulas presencias.