Educação

Estudo aponta que o maior problema para universitários negros é a dificuldade financeira

Uma pesquisa realizada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) mostrou  que a dificuldade financeira é uma das maiores questões que causam empecilho e problemas para a continuação dos estudos de universitários negros.

Segundo dados do relatório Raça, gênero e saúde mental, resultado de uma pesquisa elaborada pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa) da Uerj, entre os universitários pardos e pretos,  37% dos homens e 36% das mulheres abandonam seus cursos por problemas financeiros.

Desse modo, as questões financeiras e as suas implicações emocionais se colocam como uma das maiores complicações para os estudos de universitários negros.

A pesquisa que resultou no relatório foi realizada a partir de dados de 124 mil estudantes de 65 instituições federais de ensino superior. Além disso, são dados datados em 2018.

Nesse sentido, o levantamento mostrou ainda que, em 2018, cerca de 58% dos universitários negros brasileiros possuíam renda de até 1,5 salário mínimo (renda familiar per capta). O número de estudantes brancos com essa renda é inferior, totalizando 36,5%.

Há, entre os estudantes pretos, maior preocupação com o sustento da família, bem como com a manutenção da graduação, que envolve alimentação, materiais, transporte e diversas outras demandas, como ressalta Poema Euristenes Portela, coordenadora da pesquisa.

Fator emocional atinge mulheres

As questões emocionais são consideradas pelas universitárias negras o segundo fator de maior relevância para o abandono dos cursos de ensino superior.

Assim, conforme o levantamento da Gemaa, enquanto 24% das mulheres pretas e pardas afirmam que o fator emocional é o que mais as atinge após a questão financeira, entre as estudantes brancas o percentual é de 29%.

Já entre os universitários homens pretos e brancos, o fator emocional não foi citado como problema para continuação dos estudos. Assim, a questão emocional foi considerada principal fator de desistência entre estudantes mulheres.

As informações são do UOL.

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