Benefícios Sociais

Estudantes têm direito a bolsa de R$ 400 a R$ 900: veja como conseguir

A educação é um direito fundamental e um dos pilares para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. No Brasil, muitos estudantes enfrentam barreiras socioeconômicas significativas que dificultam a continuidade de seus estudos, especialmente aqueles pertencentes a comunidades indígenas e quilombolas. Nesse contexto, o Programa Bolsa Permanência (PBP) se destaca como uma iniciativa crucial do Governo Federal. Isso porque proporciona apoio financeiro a esses estudantes e garante que possam concluir sua formação superior.

Lançado pelo Ministério da Educação, o Bolsa Permanência é uma resposta às demandas históricas desses grupos. Sua intenção é minimizar as desigualdades e promover a permanência e diplomação dos estudantes em situação de vulnerabilidade. O programa oferece um auxílio mensal que permite aos alunos focar em seus estudos sem a preocupação constante com a sobrevivência financeira. Conquanto, recentemente, novas portarias e editais têm sido publicados, atualizando os valores e os critérios de elegibilidade, refletindo um compromisso contínuo com a causa.

O que é o Bolsa Permanência?

O Bolsa Permanência é um programa do Governo Federal brasileiro destinado a fornecer suporte financeiro a estudantes de graduação indígenas e quilombolas matriculados em instituições federais de ensino superior.

Criado para minimizar as desigualdades sociais e étnico-raciais, o programa tem como objetivo principal assegurar que esses estudantes consigam permanecer e concluir seus cursos de graduação, contribuindo assim para sua formação e inserção no mercado de trabalho.

O valor da bolsa varia de R$ 400 (estudantes em geral) e R$ 900 (para quilombolas e indígenas). Ademais, desde sua criação, o programa tem sido um instrumento vital na promoção da equidade no ensino superior brasileiro.

Objetivos do programa voltado para estudantes

Os principais objetivos do Bolsa Permanência são:

  • Minimizar desigualdades – Oferecer suporte financeiro que permita aos estudantes indígenas e quilombolas permanecerem na universidade e concluírem seus cursos, minimizando as desigualdades socioeconômicas e étnico-raciais.
  • Promover a educação inclusiva – Facilitar o acesso e a permanência de grupos historicamente marginalizados no ensino superior, contribuindo para uma educação mais inclusiva e representativa da diversidade brasileira.
  • Reduzir a Evasão Escolar – Combater a evasão escolar entre estudantes indígenas e quilombolas, garantindo que tenham os recursos necessários para se dedicar integralmente aos estudos.

Quem pode receber o auxílio?

Para ser elegível ao Bolsa Permanência, o estudante deve:

  • Estar matriculado em curso de graduação presencial oferecido por uma instituição federal de ensino superior.
  • Comprovar a condição de estudante indígena ou quilombola. Isso inclui a apresentação de autodeclaração, declarações da comunidade e, em alguns casos, de entidades como a Fundação Nacional do Índio (Funai) ou a Fundação Cultural Palmares.
  • Não ultrapassar dois semestres do tempo regulamentar do curso para se diplomar.
  • Assinar um termo de compromisso conforme exigido pela portaria vigente.
Lançado pelo Ministério da Educação, o Bolsa Permanência é uma resposta às demandas históricas desses grupos – Imagem: Canva

Como funciona o Bolsa Permanência para os estudantes?

O processo de funcionamento do Bolsa Permanência envolve várias etapas, desde a inscrição até a homologação mensal das bolsas pelas instituições de ensino. O estudante deve realizar a inscrição através do Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), onde precisa preencher todos os dados solicitados e anexar a documentação necessária.

A documentação mínima inclui:

  • Autodeclaração do candidato.
  • Declaração de pertencimento étnico assinada por três lideranças reconhecidas da comunidade.
  • Declarações da Funai ou da Fundação Cultural Palmares, ou comprovantes de residência nas respectivas comunidades.

Comprovação da condição de Quilombola ou Indígena

A comprovação da condição de quilombola ou indígena é um passo crucial no processo de candidatura ao Bolsa Permanência. Os documentos exigidos para essa comprovação são:

  • Autodeclaração – Documento onde o candidato se identifica como pertencente a uma comunidade indígena ou quilombola.
  • Declaração de Pertencimento Étnico – Assinada por pelo menos três lideranças reconhecidas da comunidade do candidato.
  • Declaração de Residência – Emitida pela Funai para indígenas ou pela Fundação Cultural Palmares para quilombolas, confirmando a residência em comunidade indígena ou quilombola, respectivamente.

Como se candidatar

O processo de candidatura ao Bolsa Permanência envolve os seguintes passos:

  • Inscrição no SISBP: A inscrição deve ser realizada no Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), onde o estudante preenche um formulário e anexa a documentação exigida.
  • Envio da Documentação: Além de anexar os documentos no SISBP, o estudante deve enviar a documentação para a unidade da sua instituição de ensino via e-mail, conforme indicado no edital vigente.
  • Homologação: Após a inscrição, a instituição de ensino verifica e homologa a documentação. Essa homologação deve ser feita mensalmente para garantir a continuidade do benefício.

O Bolsa Permanência é uma política pública essencial para promover a igualdade de oportunidades no ensino superior brasileiro. Ao fornecer suporte financeiro a estudantes indígenas e quilombolas, o programa não só contribui para a formação acadêmica desses indivíduos, mas também para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Para mais informações e detalhes sobre o processo de inscrição, recomenda-se a leitura atenta dos editais disponíveis no site oficial do programa.