Cerca de 38% do contingente de estrangeiros que estudam em instituições de ensino superior em Portugal são brasileiros. Contudo, os estudantes brasileiros estão enfrentando dificuldades para a permanência nas universidades portuguesas.
Em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus, a desvalorização da moeda brasileira em relação ao euro, moeda de Portugal, tem impactado na vida dos estudantes.
Pesquisa realizada pela Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros (APEB) revelou, desse modo, que os impactos econômicos da crise sanitária podem fazer com que 56% dos estudantes brasileiros interrompam os estudos.
Das 206 pessoas que responderam à pesquisa, 26,2% afirmaram que talvez abandonem os seus cursos. Apenas 14,6% dos estudantes consideram que a oscilação cambial não afetará no desenvolvimento de suas atividades acadêmicas, pois não deve interferir na sua vida financeira.
Segundo Rafael Firpo, presidente da entidade, os resultados da pesquisa assustaram.
Muitos dos estudantes brasileiros que fazem cursos em instituições de ensino superior, sejam em nível de graduação ou pós-graduação, trabalham para manter os gastos da sobrevivência em Portugal, como contas de aluguel, alimentação e transporte. Além de muitos pagarem integral ou parcialmente as mensalidades dos cursos.
Esses estudantes foram os mais afetados, pois muitos deles perderam seus empregos durante a pandemia. Isso se deu principalmente porque muitas empresas e estabelecimentos de diversos seguimentos fecharam as portas quando foi decretado em Portugal estado de emergência em decorrência da crise sanitária.
Por conta dessa situação, a APEB de Coimbra recebeu muitos pedidos de famílias de estudantes solicitando auxílio para lidar com a situação. Nesse sentido, a resposta é de que alguns estudantes terão a possibilidade de cursar três meses gratuitamente nas instituições de ensino. “No ato de inscrição da matrícula, a partir do segundo ano do estudante internacional, [haverá] a eliminação do pagamento de três propinas [mensalidades]”, afirma presidente da APEB.
Fonte: G1.
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