O que você faria se recebesse uma moeda de 5 centavos de troco? Para a grande maioria das pessoas a resposta pode ser “nada”. Afinal de contas, estamos falando de uma peça comum com baixo valor monetário, de acordo com informações do Banco Central (BC).
O que nem todo mundo sabe é que uma simples moeda de 5 centavos pode valer muito mais do que se imagina no final das contas. Segundo especialistas, algumas destas peças podem ser consideradas raras, sobretudo se elas registrarem algum tipo de defeito.
Neste artigo, vamos falar especificamente sobre a moeda de 5 centavos do ano de 1994. Trata-se de uma peça ainda da primeira família de moedas do real.
Abaixo, você pode conferir as características da peça comum em seu anverso e no reverso.
Anverso | Reverso |
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À direita, a efígie representativa da República, ladeada por representação estilizada de ramo de louros. Na parte inferior, a inscrição “BRASIL”. | Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de louros. Abaixo, os dísticos “centavos” e o correspondente ao ano de cunhagem. |
Para uma moeda de 5 centavos do ano de 1994 ser considerada rara, ela precisa contar com um pequeno erro de produção. Estamos falando de uma peça que conta com uma borda grossa no seu anverso, chamada de mula ou híbrida.
Em resumo, a peça em questão conta com o reverso da moeda de 5 centavos, e o anverso da moeda de 1 centavo. Trata-se de um erro de cunhagem registrado em apenas algumas peças desta tiragem. Quem as encontrar, poderá garantir um bom dinheiro no final das contas.
Mas afinal de contas, quanto vale a moeda de 5 centavos de 1994 com este erro citado acima, de acordo com os catálogos mais atualizados por colecionadores?
O valor exato da moeda com este erro varia a depender do ano da cunhagem. Veja abaixo:
Segundo informações oficiais do Banco Central, a primeira família das moedas brasileiras conta com estas características:
Valor Facial (R$) | Diâmetro (mm) | Peso (g) | Espessura (mm) | Borda | Material |
0,01 | 20,00 | 2,96 | 1,20 | Liso | Aço Inoxidável |
0,05 | 21,00 | 3,27 | 1,20 | Liso | Aço Inoxidável |
0,10 | 22,00 | 3,59 | 1,20 | Liso | Aço Inoxidável |
0,25 | 23,50 | 4,78 | 1,40 | Liso | Aço Inoxidável |
0,50 | 23,00 | 3,92 | 1,20 | Liso | Aço Inoxidável |
Mesmo na época do Brasil Império, já existia uma preocupação com o material usado nas moedas que seriam usadas no comércio. De acordo com um relatório histórico do Banco Central, com o passar dos anos, os imperadores começaram a alterar o material usado na fabricação destas peças.
“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel”, diz o Banco Central
“Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922,
devido ao alto custo do metal”, completa o BC.
O Brasil já contou com várias moedas no decorrer da sua história, de modo que esta peça de 400 réis de 1932 foi apenas uma dentre tantas outras que já circularam pelas nossas ruas. Abaixo, você pode ver um resumo da nossa história monetária: