É possível ficar rico vendendo moedas raras? A resposta para essa pergunta varia a depender de uma série de questões. O que dá para dizer de certeza é que existe a possibilidade de ganhar um dinheiro extra muito interessante vendendo os exemplares.
De acordo com especialistas na área da numismática, existem casos de moedas de 1 real que podem ser vendidas por até R$ 1 mil nesse ano de 2025. Estamos falando de um lucro exponencial que pode fazer a diferença no orçamento de boa parte das famílias brasileiras.
Mas nem todas as moedas de 1 real podem ser vendidas por esse valor. Em regra geral, a grande dica é prestar atenção aos detalhes do exemplar para não deixar o item valioso passar para outras mãos. A boa notícia é que essa observação pode ser feita por qualquer pessoa.
Para ajudar no processo de identificação dessas moedas, listamos abaixo um grupo com as principais características das moedas de 1 real. No nosso caso específico, é importante prestar atenção nas peças que foram fabricadas e postas em circulação no ano de 2002.
E por que vamos prestar atenção neste exemplar? Esta é uma peça que contou com uma tiragem de 54 milhões de unidades. Dentro da numismática, esse é número considerado bastante pequeno.
Veja abaixo os principais detalhes desse exemplar, tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Como dito, a moeda de 1 real do ano de 2002 pode chegar a ser vendida por R$ 1 mil. Mas isso vai depender necessariamente do grau de conservação do exemplar.
Em regra geral, quanto mais bem conservada estiver a sua moeda, maior poderá ser o valor de revenda. Mas mesmo que a sua moeda não esteja muito bem conservada, é possível que ela já seja vendida por um valor interessante.
Na imagem abaixo, você pode conferir os valores projetados para a moeda de 1 real de 2002 tomando como base os catálogos numismáticos mais atualizados:
Para os iniciantes, as inscrições da imagem acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
O termo MBC significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
Uma moeda é considerada certificada quando são encapsuladas por grandes certificadores, como a Numismatic Garanty Company (NGC), e a Professional Coin Grading Service (PCGS). Para os especialistas, estas indicações seriam a certeza do real estado de conservação da peça, e também da integridade da mesma.