Ocasionada por problemas congênitos e até adquiridos, a curvatura anormal da coluna para um dos lados do tronco, denominada como escoliose, é uma condição considerada até comum entre os brasileiros.
Cerca de seis milhões de pessoas no país sofrem desse problema, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Dependendo do grau de escoliose ao olhar o indivíduo de costas, a coluna pode conferir a aparência da letra C ou S, caso exista mais de uma curvatura.
A escoliose ainda pode surgir em qualquer fase da vida, sendo que no período juvenil é denominada como escoliose idiopática da adolescência. Em especial nesta condição, quanto mais cedo for o diagnóstico e abordagem, maiores são as possibilidades de evitar complicações da doença.
Visto que na maioria das vezes a escoliose é adquirida de forma congênita, ainda é desconhecido o fator que dá origem ao desvio patológico da coluna vertebral.
Quando não hereditária, a escoliose ainda pode estar associada a alterações ósseas, musculares ou neurológicas do organismo, devido aos hábitos posturais inadequados, traumatismos, tumores, obesidade, atividade física imprópria, vida sedentária, inclusive, tabagismo.
Os maiores riscos da escoliose estão relacionados à velhice, já que o desgaste natural dos ossos, dos discos intervertebrais e dos ligamentos podem agravar ainda mais a condição, resultando até na perda de mobilidade.
Além disso, também é possível ocorrer a redução do espaço do tórax que abriga os órgãos dos sistemas respiratório e cardíaco, prejudicando seu funcionamento adequado.
Outras deformidades no corpo podem estar relacionadas à escoliose, como por exemplo:
Já as dores da escoliose podem ser agravadas de acordo com o estádio do desvio, muitas vezes, tornando o indivíduo até incapacitado para determinados movimentos.
Cada caso e grau de escoliose pede um tipo de abordagem. De acordo com a idade do paciente e padrão de curvatura podem ser associados desde sessões de fisioterapia até cirurgias.
Também pode ser associados medicamentos para controlar a dor da escoliose.
Como destacado mais acima, a escoliose é uma condição idiopática, ou seja, não tem uma origem efetiva, o que torna sua prevenção relativa.
Apesar disso, os especialistas defendem que os cuidados para preservar a qualidade da coluna vertebral devem começar ainda na infância.
A correção da postura e evitar o sedentarismo, sem dúvidas, vão ajudar a fortalecer toda estrutura do corpo, e logo, o melhor funcionamento da coluna.
Além disso, também é preciso manter o peso corpóreo dentro dos padrões ideais para a altura, priorizar uma alimentação rica em cálcio, evitar pegar pesos de maneira inadequada, assim como, se atentar ao uso de calçados, como os de salto, por exemplo.
Para garantir um diagnóstico correto e iniciar um tratamento eficiente para a escoliose, é essencial buscar uma avaliação do médico especialista em ortopedia.