No final do mês de junho, um grupo de sete deputados federais enviaram um ofício ao MEC pedindo dados sobre a situação dos alunos de escolas públicas na pandemia.
De acordo com o portal G1, o grupo faz parte de uma comissão da Câmara que acompanha os trabalhos do ministério da Educação.
Contudo, a resposta conferida pelo Ministério da Educação surpreendeu. Isso porque o órgão afirmou que não sabe quantos alunos da rede pública estão acompanhando aulas remotas.
Muitos estudantes estão recebendo os conteúdos por canais especiais de TV, por sites mantidos pelo governo ou então por aplicativos. No entanto, sabe-se que uma boa parcela não está tendo acesso por falta de recursos.
Conforme o Notícias Concursos publicou recentemente, o ensino a distância é prejudicado, pois cerca de 30% dos domicílios brasileiros não têm acesso à internet.
Depois de um mês do ofício encaminhado pelos deputados ao MEC, a pasta respondeu somente algumas das perguntas realizadas, segundo informações contidas no G1.
Uma delas constava que o MEC “não dispõe de informações acerca do número de alunos da rede pública de ensino do país que estão tendo teleaulas e aulas online até o momento”.
O documento foi assinado pelo atual ministro da Educação, Milton Ribeiro, e usa como base uma nota da Secretaria de Educação Básica. Essa nota, por sua vez, utiliza dados do Conselho Nacional de Secretários da Educação, o Consed, que fez uma pesquisa sobre ensino, respondida por 71% das redes municipais.
A partir disso, alegando falta de respostas do restante das instituições de ensino públicas, o MEC disse não ter dados suficientes.
Consta no documento que o MEC relaciona as respostas das escolas à adoção do EAD em todas elas. “A partir das informações acima registradas, é possível afirmar que todas as redes estaduais estão implementando o ensino a distância e parte das redes municipais também”.
Porém, a respeito da quantificação desses estudantes que estão fazendo, de fato, as aulas remotas, o órgão diz que não pode afirmar com precisão sobre o percentual de estudantes que estão participando do “processo de ensino-aprendizagem por meio das atividades não presenciais”.