Em decorrência da pandemia da covid-19, as aulas presenciais foram suspensas em março deste ano em todas as instituições de ensino do Brasil. Desse modo, as escolas particulares tiveram forte impacto financeiro, muitas delas perderam alunos, além de precisarem reduzir o valor das mensalidades.
Com as aulas presenciais tendo retornado apenas em alguns estados, as escolas particulares estão se organizando para o ano letivo de 2021. Nesse sentido, as unidade de ensino registram alta de custos para operações de adequações sanitárias e tecnológicas necessárias em meio à pandemia. Assim, surge o temor de que o aumento das parcelas das mensalidades afaste os alunos.
Por isso, as escolas particulares de São Paulo tentam limitar o reajuste de suas mensalidades à inflação e dão descontos para reter os estudantes. Nesse sentido, a orientação dos sindicatos é de que as escolas evitem os reajustes, mas, caso estes sejam necessários, as unidades devem aumentar o mínimo possível as mensalidades. Um levantamento do Grupo Rabbit, com 328 colégios de São Paulo, indica a média de reajuste de 5%. O número está acima da inflação, já que esta deve ficar em torno de 3% em 2021.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado (Sieeesp), Benjamin Ribeiro, boa parte das instituições de ensino só irão se pronunciar quanto ao reajuste em dezembro. Os comunicados deverão ser feitos no último momento por recomendação de aguardar a definição quanto à reforma tributária em tramitação na Câmara dos Deputados.
A alíquota sobre as mensalidades pode subir de 3,65% para 12%, caso a reforma seja aprovada. “Nesse caso, a escola vai ter de repassar”, afirmou Ribeiro.
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Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo.