Nos últimos anos, o universo da numismática passou a atrair cada vez mais pessoas no Brasil. Isso aconteceu, principalmente, por causa da realização das Olimpíadas no país, em 2016, que ficou marcada pelo lançamento de peças exclusivas para celebrar o evento mundial.
A saber, o Banco Central (BC) lançou 17 moedas no país, que traziam estampas de modalidades olímpicas e paraolímpicas, mascotes do evento e entrega da bandeira olímpica. Os modelos fizeram muito sucesso no Brasil e muitas pessoas fizeram de tudo para conseguir os exemplares.
Embora já tenham passado quase oito anos dos jogos olímpicos, a busca pelas moedas continua intensa no país. O problema é que as peças só foram produzidas naquele momento, em quantidade limitada. Logo, não houve reposição das unidades e os colecionadores que não conseguiram adquirir todos os modelos em 2016 agora estão pagando cara para consegui-los em 2024.
Em resumo, muitos colecionadores buscam moedas antigas, mas os itens não precisam ser necessariamente antigo para se valorizarem no país. Na verdade, modelos fabricados há poucos anos chegam a ter uma valorização muito expressiva, mesmo que o seu valor facial seja baixo.
As moedas costumam atrair a atenção de algumas pessoas devido às suas características históricas e artísticas. Na verdade, os colecionadores se mostram dispostos a pagarem caro por moeda com baixo valor facial devido a alguma característica que a torne única e rara, e foi justamente o que aconteceu com a moeda de 1 real das Olimpíadas apresentada neste texto.
No Brasil, o Banco Central faz os pedidos de fabricação do dinheiro à Casa da Moeda, conforme necessidade. Em resumo, os itens se valorizam, principalmente, se possuírem alguma das seguintes características: tiragem baixa, fabricação de exemplares para datas comemorativas, modelos com erro de cunho ou produção e poucas unidades em circulação no país.
Em suma, essas são as principais características que tornam uma moeda bem mais valiosa do que ela é. Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens.
Entretanto, vale destacar que a maioria absoluta das moedas não possui qualquer peculiaridade que as diferenciem das demais. Nesses casos, os itens só conseguem ter uma valorização expressiva em relação à antiguidade, mas esse fator também depende da tiragem do modelo. Em outras palavras, quanto menos peças fabricadas, mais fácil que ela se valorize.
Em algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares. Geralmente, são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita.
Uma das moedas fabricadas para homenagear a realização das Olimpíadas no Brasil se valorizou devido a um erro considerado bobo por muitas pessoas. Em síntese, o modelo representa a modalidade rugby e pode ser vendido por até R$ 650, segundo o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros. Esse modelo teve uma tiragem de 20 milhões, assim como as demais modalidades olímpicas.
“No anverso, dois jogadores disputam a bola. Completam a composição a marca dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e a legenda Brasil“, informa o BC. Já no reverso, permanece o padrão da moeda de R$ 1, com o valor de face “1 REAL” e a data de “2015”, ano da sua fabricação.
Segundo o catálogo Moedas com Erro, não são todas as moedas da modalidade olímpica rugby que se valorizaram. Na verdade, existe um erro de fabricação que fez o modelo ficar tão valorizado assim: o seu reverso está rotacionado em 180º, ou seja, está invertido.
Para conferir se o modelo tem esse erro, basta girá-lo na vertical, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a moeda, o reverso ficar de ponta cabeça, significa que ele está invertido, algo que não deveria acontecer.
Em síntese, isso não deveria acontecer, já que as moedas são padronizadas e idênticas. Como essa falha tornou o item raro, uma vez que há apenas alguns exemplares com esta peculiaridade, os colecionadores passaram a pagar caro para terem esse modelo raro em suas mãos.
Muitas pessoas têm moedas raras, mas não sabem como vendê-las. Essa questão é simples, mas é preciso alertar todos os que estão dispostos a venderem seus modelos que os colecionadores buscam moedas sem arranhão, com a imagem limpa e sem manchas e com todos os traços e marcas de fabricação.
As pessoas que tiverem exemplares nestas condições deverão ter mais facilidade para venderem seus itens, pois estes são os mais procurados pelos colecionadores.
Em suma, os especialistas afirmam que as pessoas devem a moeda conservada em algum saquinho ou papel filme para que ela mantenha as suas formas originais. Isso pode ser feito com outros modelos, que podem se valorizar com o passar do tempo.
Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Existem diversas formas para vender moedas raras, como lojas especializadas e leilões, bem como grupos de Facebook e marketplaces online, isso sem contar na venda direta para colecionadores.