O evento conhecido como “atentado da Rua Tonelero” foi de grande importância para a história do Brasil. Isso porque, o acontecimento consolidou a crise que ocorria no segundo governo de Getúlio Vargas.
O assunto aparece com frequência em questões de história do Brasil, principalmente nos vestibulares, dos concursos e do ENEM.
O atentado da Rua Tonelero foi um evento crucial para o andamento da Era Vargas. Esse evento, que ocorreu em 5 de agosto de 1954, foi caracterizado pela tentativa de assassinato contra Carlos Lacerda, jornalista que fazia oposição à Getúlio.
Em agosto de 1954, uma tentativa fracassada de assassinato fez com que a oposição ao presidente da época, Getúlio Vargas, aumentasse, consolidando a a crise política que já estava em andamento no país.
É importante destacar que Vargas havia sido eleito em 1950, derrotando os adversários da UDN (União Democrática Nacional) e do PSD (Partido Social Democrático). Porém, a sua eleição não foi isenta de críticas, principalmente em relação às medidas populistas que haviam sido idealizadas anos antes e que continuavam sendo adotadas pelo presidente no seu novo governo.
Ainda, no novo governo de Vargas a economia brasileira foi caracterizada por um grande aumento da inflação, que chegou a mais de 20%. Com isso, o poder aquisitivo da população diminuiu drasticamente. Nações estrangeiras, como os Estados Unidos, também passaram a criticar o novo governo de Vargas, uma vez que o presidente mantinha em alta o preço do café e propôs a criação da Petrobrás, empresa nacional que diminuiria a necessidade de importação de petróleo por parte do Brasil.
Diante desse cenário, o governo de Vargas passou a ser ainda mais criticado por Carlos Lacerda, jornalista que utilizava de sua profissão para fazer críticas diárias ao presidente. Essa postura transformou Carlos Lacerda em um dos maiores alvos dos aliados de Vargas.
Os aliados de Getúlio decidiram, então, tentar calar o maior crítico do governo: contrataram um pistoleiro para matar o jornalista. O atentado ocorreu em 5 de agosto de 1954, na Rua Tonelero, na cidade do Rio de Janeiro.
No entanto, o resultado foi um completo desastre. Carlos Lacerda sobreviveu, mas seu guarda-costas e major da força aérea, Rubens Vaz, foi morto em seu lugar por engano. Assim, foi iniciada uma investigação conduzida pela própria aeronáutica para descobrir o que havia acontecido.
Gregório Fortunato, chefe de segurança e motorista de Getúlio Vargas, foi declarado responsável pelo atentado. A partir dessa afirmação, os pedidos de renúncia do presidente cresceram e intensificaram a crise política e econômica que já havia se instalado no país há tempos.
Diante desse cenário e de outras situações que ocorreriam posteriormente, Getúlio Vargas se suicidou no dia 24 de agosto do mesmo ano.