Economia

Entidades pedem fim da nota de R$ 200. Saiba porque

Na época do seu lançamento muitas pessoas tiveram opiniões diferentes em relação a nota de R$ 200. Havia os críticos e aqueles que acreditavam que poderia ser uma boa opção. Desta vez, porém, a situação parece mais complicada.

Tanto que Associações do Tribunal de Contas da União (TCU) e outras organizações ligadas ao combate à corrupção pediram o fim da impressão da nota de R$ 200 ou então um prazo limite para a nota parar de circular. O pedido foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Críticas a nota de R$ 200

Entre as críticas das instituições estaria o fato do país não ter estrutura financeira para as notas, problemas com a corrupção e utilização mínima para o pagamento do auxílio emergencial.

De acordo com as entidades a impressão da nota R$ 200, ainda é um risco a segurança e uma espécie de “incentivo” facilitador ao crime organizado – o que inclui corrupção e roubos a caixas eletrônicos e transportadoras de valores.

“Sabe-se que as melhores práticas internacionais recomendam a restrição ao uso de cédulas de alto valor em razão da forte preferência do crime organizado pelas notas maiores, uma vez que favorecem o transporte e a ocultação de montantes mais altos, beneficiando indivíduos e organizações criminosas que movimentam dinheiro vivo, obtido em atividades como corrupção, tráfico de drogas, de armas, evasão de divisas e contrabando, cujas transações que são feitas fora do sistema bancário, preferencialmente com esses bilhetes”, defende a carta.

Uma crítica ainda mais grave é a possibilidade de superfaturamento. Apenas 12% das notas de R$200 anunciadas pelo Banco Central teriam sido emitidas. O documento ainda levanta que a nota não é necessária diante as atividades econômicas geradas com o fim do auxílio emergencial e o recebimento das vacinas contra a pandemia gerada pela Covid-19.

Assinam a carta os representantes do Instituto Não Aceito Corrupção, Transparência Partidária, Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado, Transparência Brasil, Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil, Ministério Público Democrático, Associação da Auditoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União e Associação Nacional do Ministério Público de Contas.

A ministra Carmen Lúcia é responsável por seguir com o pedido na Corte.