A Associação Brasileira de Internet (Abranet) soltou um alerta aos internautas para redobrarem a atenção ao receberem links em aplicativos de celular. Esse tipo de comunicação deve aumentar ainda mais depois que o WhatsApp começou a liberar no País, na última quinta-feira (26/1), o “Comunidades“, recurso que permite organizar vários grupos em estruturas maiores e enviar mensagens para até 5 mil pessoas. Não é todo mundo que já tem acesso ao recurso, pois ele está sendo liberado gradualmente.
O recurso Comunidades foi criado para servir como uma forma de transmitir avisos. Cada comunidade pode ter até 50 grupos, onde apenas os administradores vão poder enviar mensagens, que podem alcançar até 5 mil pessoas. Além disso, não será possível ver quem participa dos grupos de aviso.
Embora seja mais um recurso tecnológico pensado para facilitar a vida de quem usa o aplicativo, o “Comunidades”, conforme alerta a Abranet, também vai requerer uso bastante cuidadoso para não se tornar mais um meio para aplicação de golpes on-line por meio da distribuição de links, por exemplo.
Também há um potencial para o envio de fake news em massa, algo que ocorre no Telegram, por exemplo. A medida, inclusive, deve ser uma forma do WhatsApp concorrer com o mensageiro originário da Rússia.
De acordo com a Abranet, apesar do potencial de reunir até 50 grupos em uma única comunidade e ser mais uma praticidade oferecida pelo aplicativo, o “Comunidades” também exigirá muita cautela dos internautas ao possibilitar ainda mais agilidade na comunicação virtual.
A entidade apoia a campanha #FiqueEsperto, uma iniciativa que une governo e entidades privadas com o objetivo de informar às pessoas sobre como evitar golpes usuais do nosso novo mundo digital.
A seguir, confira algumas dicas para não cair em golpes:
Além dessa questão de golpes visando usuários do WhatsApp, também há a questão de diversos aplicativos “genéricos”, como o WhatsApp Plus, WhatsApp GB, entre outros. Esses aplicativos possuem recursos e funções que não são encontrados na plataforma de mensagens original, como a visualização de mensagens apagadas. Em razão disso, muitas pessoas optam por estas versões.
Porém, é importante ressaltar que usar esses apps paralelos pode ser perigoso. Isso se deve à falta de segurança desses softwares, muito inferior ao do WhatsApp original. Ao utilizar a versão paralela do WhatsApp, os usuários correm um sério risco de terem suas contas clonadas, inclusive podendo ter as conversas identificadas por terceiros. Essa é uma porta de entrada para golpes e fraudes.
Além disso, é importante mencionar que o aplicativo só pode ser baixado em sites não confiáveis, através de APKs, deixando espaço para invasão e ação de hackers. O maior risco é o usuário estar sendo enganado e o aplicativo genérico roubar seus dados, incluindo financeiros, já que a função WhatsApp Pay também pode estar disponível. Nas lojas oficiais, há um sistema de verificação de segurança dos aplicativos.
Contudo, caso alguém perca seus dados ao utilizar o WhatsApp GB ou WhatsApp Plus, a Meta não se responsabiliza pelo prejuízo, uma vez que a empresa não é a criadora do aplicativo alternativo.