Desenvolvida na República Velha (1889 – 1930), a política do café com leite marcou o domínio dos políticos cafeicultores do Estado de São Paulo, assim como, dos fazendeiros de Minas Gerais, que alternavam na presidência do país.
A saber, a Aristocracia cafeeira sempre defendeu seus interesses econômicos desde a época do império. A pressão era tamanha que os cafeicultores que não participaram do golpe militar foram discriminados.
Desse modo, os produtores de café passaram a ter muita influência, sobretudo no terceiro governo republicano, quando o primeiro presidente civil Prudente de Moraes assume a presidência.
Trata-se de um tema muito cobrado em vestibulares do país todo, assim como no Enem. Dito isso, vale muito a pena ficar ligado no assunto.
As bases da liderança política brasileira, principalmente a paulista e mineira, durante a República Velha, encontravam-se na Constituição republicana de 1891.
A Constituição de 1891 estabelecia a forma federativa com grande autonomia dos estados, assim como, a representação de forma proporcional na Câmara dos Deputados.
Ademais, São Paulo e Minas Gerais contavam com um terço da população do Brasil, em decorrência disso ambos formavam o maior colégio eleitoral do país.
Contudo, precisavam contar com outro Estado para oferecer a vice-presidência e dessa maneira continuar o domínio sobre o plano federal.
Por conseguinte, o domínio nacional desses dois estados, passou a receber o nome de “Política do Café com Leite”. Caracterizada pelas autoridades do PRP – Partido Republicano Paulista e PRM – Partido Republicano Mineiro.
A dominação foi tão grande que somente três presidentes foram eleitos nesse período fora do eixo São Paulo e Minas Gerais, foram eles:
A política do café com leite só chegou ao fim, por conta da Revolução de 1930, que acabou com as instituições políticas presentes na República Velha.
Por fim, vale frisar a título de curiosidade que o nome da política do café com leite se derivou do café paulista e do leite mineiro.