Todos nós sabemos que os vestibulares e a prova do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, cobram uma grande quantidade de questões de filosofia.
Dentre os temas mais abordados, podemos mencionar a Escola Patrística, uma corrente filosófica desenvolvida durante a Idade Média.
Dessa forma, para que você consiga se preparar da melhor forma possível para as suas provas, o artigo de hoje separou um resumo completo sobre a Escola Patrística. Vamos conferir!
A Escola Patrística, conhecida também como Patrística ou Filosofia Patrística, surgiu no século IV, durante a transição da Antiguidade Tardia para o período medieval.
Entre seus criadores e pensadores estavam incluídos os padres e os teólogos da igreja que, posteriormente, ficariam conhecidos como “Pais da Igreja”. Inclusive, o nome patrística deriva da participação desses padres.
Porém, o principal destaque entre esses nomes é Santo Agostinho de Hipona, conhecido simplesmente como Santo Agostinho ou Agostinho de Hipona.
A principal característica dessa corrente filosófica era o objetivo de expandir o conhecimento teológico e contribuir para a disseminação do Cristianismo na Europa, além de combater aqueles considerados “hereges” pela Igreja Católica. Os padres apologistas, que eram convertidos ao cristianismo, foram os primeiros a oficializar esse objetivo.
Além disso, podemos dizer que os filósofos dessa corrente buscavam compreender a fé divina e a sua relação com o racionalismo científico. Esses pensadores queriam, assim, criar uma conciliação entre razão e religião: uma busca pela racionalização da fé cristã.
Dentre os principais assuntos explorados pelos pensadores da Escola Patrística, podemos mencionar a ressurreição e a encarnação, a relação entre corpo e alma, a predestinação divina, o livre arbítrio, os pecados e a criação do mundo.
Além disso, existiam divergências dentro da própria escola: padres como o padre Justino defendiam a união da filosofia com o cristianismo, enquanto outros pensadores, como Tertuliano, defendiam a total exclusão da filosofia.
De uma forma geral, podemos dizer que a Escola Patrística foi responsável por sistematizar o pensamento cristão, estabelecer as bases da teologia e defender a ortodoxia contra as heresias que surgiram ao longo dos séculos. As reflexões dos pensadores que fizeram parte dessa corrente filosófica influenciaram não somente a filosofia, mas também teologia, a moral e a ética, cirando um legado duradouro no pensamento do Ocidente medieval.
Santo Agostinho foi o principal representante da Escola Patrística. Ele atuou como teólogo, bispo e filósofo e viveu entre os anos de 354 e 430.
O pensador dedicou os seus estudos à análise da dualidade entre o bem e o mal, conhecido como maniqueísmo. Agostinho também desenvolveu conceitos fundamentais, como o pecado original e o livre arbítrio.
Igualmente, Agostinho acreditava que a verdade divina poderia ser alcançada por meio da fusão da fé, representada pela Igreja, e da razão, representada pela filosofia.
Além de Santo Agostinho, outros importantes pensadores também contribuíram para essa corrente filosófica. Dentre os principais nomes, podemos citar Orígenes, Tertuliano, Clemente de Alexandria, João Crisóstomo e Gregório de Nissa.
Orígenes, por exemplo, foi um teólogo e filósofo cristão que influenciou a Patrística com suas ideias sobre a natureza divina e a interpretação alegórica das escrituras. Ele buscava conciliar a filosofia platônica com o pensamento cristão, defendendo que a alma humana era eterna e que a salvação dependia da purificação e ascensão espiritual.
Tertuliano, por sua vez, foi um dos primeiros pais da Igreja Latina e enfatizou a importância da fé e da moralidade na vida cristã. Ele defendia a exclusão da filosofia pagã, considerando-a incompatível com a fé cristã. Para o pensador, a verdade e a sabedoria eram encontradas somente nas escrituras e na tradição da Igreja.