FMI: Conheça a estrutura e histórico com o Brasil

O FMI “Fundo Monetário Internacional” surgiu na conferência de Bretton Woods nos Estados Unidos, em 1944. Sua criação teve como objetivo formar uma instituição econômica que auxiliasse as nações para não acontecer uma crise como a de 1929. 

O fundo tem como propósito viabilizar a estabilidade financeira e a colaboração monetária internacional. Dessa forma, sua função busca impedir desvalorizações das moedas nacionais. 

A saber, sua fundação teve apoio de 29 nações, ainda sobre o ambiente da Segunda Guerra Mundial e o prenúncio da Guerra Fria que estava por vir. 

Por esses motivos, realizou empréstimos a vários países que não recorreram a URSS. Hoje em dia possui 188 países membros e sua sede fica situada em Washington nos EUA. 

Na mesma conferência que o FMI foi criado, outras instituições nasceram, veja quais: 

  • Banco Mundial
  • Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
  • E o GATT que hoje chama-se Organização Mundial do Comércio

O FMI poderá aparecer em provas de vestibulares, assim como no Enem. Por isso vale a pena ficar ligado no assunto, acompanhe!

FMI: Estrutura

O FMI tem como autoridade máxima dentro da organização a Assembleia de Governadores que elege o Conselho de Diretores. 

Países desenvolvidos como Estados Unidos, Japão, França, Reino Unido, entre outros. Tem vagas garantidas no Conselho de Diretores. 

Vale dizer que o poder de decisão das nações do Fundo Monetário Internacional deve-se a aplicação financeira que elas realizam ao FMI. Ou seja, quanto mais se aplica no FMI, maior influência e poder de escolha. 

Ademais, em comum acordo verbal, o FMI tem no comando um cidadão europeu, enquanto o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento “BIRD” tem um indivíduo norte-americano. 

Essa “regra” busca impedir o monopólio de apenas um continente comandando esses órgãos. Todavia, tal norma vem sendo respeitada até os dias de hoje. 

Por fim, a Assembleia decide quem será o presidente do FMI. Hoje em dia pertence a búlgara Kristalina Georgieva que assumiu em outubro de 2019. 

Atuação

O Fundo Monetário Internacional empresta dinheiro a uma nação quando a balança está deficitária. Isto é, quando um país não consegue arcar com as suas dívidas. 

O dinheiro é levantado após o pagamento de cotas pelos países membros que contribui com a quantidade possível. Após o recebimentos das cotas, estabelece-se quanto cada país poderá receber por empréstimo. 

Os países terão acesso inicial a 25% da sua cota, e se precisar de um valor maior, deverá realizar a renegociação das condições. Pode-se dizer que após o fim da Guerra Fria, as políticas adotadas pela instituição foram pautadas pelo neoliberalismo, promovendo intervenções nas políticas de diversos países. 

Desse modo, o FMI foi alvo de diversos protestos em lugares que o governo teve de recorrer a ajuda monetária do fundo. Ademais, o órgão também emite um relatório da situação financeira dos países, através dele muitos investidores decidem se vão investir no país ou não. 

Brasil e o FMI

O Brasil participou da criação do fundo, além de ser um dos primeiros signatários do FMI. Entretanto, durante o governo de Juscelino Kubitschek a relação foi estremecida, pois o governante não aceitou os termos impostos pela instituição que atrasariam a construção de Brasília. 

Em contrapartida, o FMI manteve boa relação com o país durante a Ditadura Militar. Mais tarde, o então presidente Fernando Henrique Cardoso pegou um empréstimo de US$ 30 bilhões, pagos pelo governo do presidente Lula. 

Por fim, o Brasil emprestou US$ 10 bilhões de dólares para o FMI em 2009 para ajudar países emergentes em decorrência da crise internacional. E em 2012, mais US$ 10 bilhões para ajudar a zona do Euro, contudo, solicitou com garantia maior participação dos países emergentes nas decisões da instituição.

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