Mesmo com muitas vagas para serviços de TI (tecnologia da informação), o déficit de profissionais no setor tem chamado a atenção.
Estima-se 100 mil vagas anuais disponíveis, já os cursos de graduação formam 50 mil estudantes de TI por ano, de acordo com estimativas da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação).
Além disso, a empresa indica que até 2024 serão criados 421 mil postos de trabalho na área de tecnologia da informação.
Em um momento de incertezas econômicas, por conta da pandemia do novo coronavírus, o setor de TI é essencial para a sobrevivência dos negócios em diversas áreas, entre elas:
Todos esses setores buscam soluções para:
Segundo o CEO da Lambda3, Victor Hugo Germano, além desses fatores as empresas têm buscado entender como se reinventar.
“A pandemia trouxe a abertura para que as empresas experimentassem o desenvolvimento ágil e a cultura de trabalho remoto, por exemplo”, afirma.
De acordo com Germano, o déficit de profissionais disponíveis traz preocupações que nem sempre foram prioridade das empresas. Uma delas é a construção da cultura organizacional.
Outro ponto é a criação de um local que atraia pessoas e, também, estimule a manutenção daqueles que já são colaboradores.
“É possível lidar com os desafios de oferta e manutenção de pessoas por meio do estímulo ao investimento em formação e capacitação, e da inclusão na tecnologia”, pontua Germano.
“Isso pode acontecer se houver apoio das iniciativas privada e pública, universidades e bootcamps de ensino, por exemplo, que podem ter papel significativo no aumento de profissionais no mercado. Além disso, é preciso agir ativamente treinando pessoas no ambiente de trabalho e apoiar comunidades que ajudem a atrair talentos para a tecnologia”, completa.
Os profissionais do setor têm buscado ofertas de trabalho que vão além dos bons salários e benefícios já conhecidos como vale-refeição e alimentação.
Para a Head of People and Culture da Lambda3, Patrícia Kost: “Ao buscarem oportunidades, os talentos estão mais atentos a companhias engajadas em temas como sustentabilidade, ações sociais, além de saúde mental e emocional. É preciso criar um espaço onde as pessoas tenham suporte e rede de apoio quando passarem por dificuldades”.
Outra enaltecido pelos profissionais é a diversidade, corroborando com um ambiente mais democrático.
“É necessário criar ações que amparem as pessoas, de modo a cooperar com um bom clima de trabalho. Não basta contratar. Talentos e gestões precisam estar engajados e dispostos a dialogar para criarem um local seguro e agradável para trabalhar, com autonomia e responsabilidade como aliados”, diz Patrícia.
“Seja com ações de comunicação interna, uso de canais que ampliem conhecimentos sobre tópicos relacionados à diversidade ou campanhas contra todos os tipos de assédio e preconceito, é esse olhar integral sobre a pessoa e cuidado em todos os momentos que ajudará tanto no interesse de quem está fora, como na manutenção de quem atua na organização”, finaliza.
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