Políticas de inclusão que buscam a paridade de gênero no mercado de trabalho têm se tornado cada vez mais frequentes entre as empresas que buscam efetivamente atrair diversidade, de acordo com informações oficiais da Bolsa de Valores do Brasil (B3).
Algumas iniciativas atuam no sentido de diminuir a desigualdade em um dos setores que mais sofre com o problema, como a área de tecnologia. De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres correspondem a 52,2% da população brasileira.
O mesmo instituto mostra, porém, que apenas 13,3% das matrículas nos cursos presenciais de graduação na área de Computação e Tecnologias da Informação e Comunicação são de mulheres, o que acaba se refletindo no mercado de trabalho.
A B3 Social, associação sem fins lucrativos responsável pelas frentes de investimento social privado e voluntariado da Bolsa de Valores do Brasil (B3), apoia projetos como o Programaria e o Generation, que trabalham na formação de profissionais para o mercado de tecnologia.
A PrograMaria, por exemplo, é uma das mais importantes instituições no empoderamento de mulheres por meio da tecnologia, destaca a Bolsa de Valores do Brasil (B3).
O projeto conta com cursos on-line que contribuem para a formação nos campos da tecnologia, da programação e do empreendedorismo, potencializando oportunidades de entrada no mercado de trabalho.
“Temos acompanhado um movimento importante do mercado de entender diversidade como um diferencial estratégico. O propósito da PrograMaria é promover uma tecnologia que seja mais diversa e inclusiva para todas as pessoas e o engajamento de empresas e instituições de fomento nessa causa é fundamental para alcançarmos essa transformação”, comenta Iana Chan, CEO e fundadora da PrograMaria.
O Generation, organização independente fundada pela McKinsey & Company, prepara, apoia e insere jovens no mercado de trabalho de tecnologia por meio de cursos de capacitação de pessoas desenvolvedoras em Java Full Stack, Mobile e .NET, com prioridade para mulheres, negros, população LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, com idades entre 18 e 30 anos e com ensino médio completo. Atualmente, o programa funciona em São Paulo (SP), Campinas (SP) e Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), destaca a Bolsa de Valores do Brasil (B3).
“As mulheres estão muito estagnadas nas profissões STEM [sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática]. O setor de tecnologia é um dos principais geradores de emprego do Brasil. O objetivo da organização é contribuir para uma sociedade mais justa utilizando a formação em tecnologia como ferramenta de inclusão social para que jovens tenham oportunidades de crescimento pessoal e profissional. E ter pessoas de grupos socialmente minorizados no alto escalão de empresas, governos e organizações é fundamental para o empoderamento”, explica Adriana Carvalho, CEO da Generation Brasil”, de acordo com a Bolsa de Valores do Brasil (B3).