De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), que divulgou na última terça-feira (29/11) informações relativas às Estatísticas Mensais do emprego formal (Novo Caged), o país criou cerca de 159.454 postos de trabalho no mês de outubro. Ademais, foram 1.789.462 admissões e 1.630.008 desligamentos.
Os dados do Novo Caged são relativos ao trabalho com carteira assinada. Durante o ano de 2022, o acumulado é de 2.320.252 novos profissionais, contratados no mercado formal. Todavia, o número total de trabalhadores formais no Brasil chegou a 42.998.607 em outubro, cerca de 0,37% a mais que no mês anterior.
Segundo o ministro do trabalho e previdência, José Carlos Oliveira, o bom resultado durante o ano possibilitou “sonhar” com o fechamento de 2022 com a geração de 2,5 milhões de empregos. Para ele, a economia está no rumo certo. Aliás, Oliveira agradeceu os empresários que acreditam e investem no mercado nacional.
Em outubro, o saldo relativo a criação de empregos formais foi positivo para cinco setores econômicos: serviços, com 91.294 novas vagas, comércio, com 49.356 novos postos de trabalho, indústria, com 14.891 novas vagas, e o setor de construção, que contribuiu com cerca de 5.348 novos postos de trabalho.
O setor econômico que apresentou um saldo negativo foi o de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que fechou o período com uma redução de cerca de 1.435 postos de trabalho formais, por conta de sazonalidades relacionadas às suas atividades econômicas.
O Ministério do Trabalho e Previdência afirma que o período de outubro normalmente não apresenta um grande percentual de contratações. É uma época de transição, visto que há uma redução na atividade industrial e um forte aquecimento no comércio. No último caso, as novas vagas aparecem em novembro.
A média do salário de admissão para o mês de outubro em todo o país foi de cerca de R$1.932. Na comparação do mês anterior, houve uma redução de cerca de R$7,28 o que corresponde a uma variação de – 0,38% para o período. Ou seja, o salário dos novos postos de trabalho tem ficado menor.
Cerca de 26 das 27 unidades federativas do país tiveram um saldo positivo na geração de empregos formais em outubro. O único estado onde houve um saldo negativo foi o de Amapá, que apresentou um fechamento de 499 vagas formais, ou seja, 0,65% dos postos de trabalho da região.
Os estados que apresentaram a maior alta relacionada a novos postos de trabalho foram o Alagoas, com 4.335 novas vagas, ou seja 1,11%, Roraima, que abriu 535 novos postos, 0,75%, e Amazonas, com 3.463 novas vagas, cerca de 0,72%. São Paulo foi o estado que mais se destacou no período com a abertura de 60.404 postos de trabalho.
O Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi substituído em janeiro de 2020 pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), para parte de empresas privadas do país. Apenas órgãos públicos e internacionais continuaram a passar informações pelo sistema antigo.
A grande maioria das empresas são obrigadas a declarar o eSocial. No entanto, várias organizações deixaram de enviar dados sobre o desligamento de funcionários e a abertura de vagas para este sistema. Desta maneira, foram utilizadas outras fontes relacionadas às estatísticas do emprego formal como o eSocial, Caged e Empregador Web, formando o Novo Caged.
Desse modo, assegura-se a qualidade, a confiabilidade e a integridade relacionadas às estatísticas do emprego formal no cenário nacional, durante a transição entre o Caged e o eSocial. Sendo assim, o recebimento destes dados e informações dos registros administrativos possuem uma alta eficiência metodológica, garantindo uma grande transparência.
As pessoas jurídicas que adotam o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), devem enviar o Novo Caged. É uma ferramenta de acompanhamento e de fiscalização do processo relativo à admissão e dispensa de trabalhadores formais. Além disso, ele assiste os profissionais desempregados, por todo o país.