Trabalhadores da cidade de Curitiba estão de olho no resultado de uma reunião da Prefeitura neste momento. De acordo com as informações oficiais, secretários estão decidindo nesta sexta-feira (28) se o município vai voltar ou não para a bandeira vermelha de restrição contra a Covid-19.
E dependendo do resultado do encontro, isso pode ter impacto direto na vida de milhares de trabalhadores da região metropolitana. É que novos fechamentos acabam provocando novos prejuízos para esses profissionais, sobretudo os informais.
A grande questão é que a cidade acabou de entrar em colapso. De acordo com as informações oficiais de autoridades de saúde, o município não tem mais vagas de UTIs para pessoas com Covid-19. Isso quer dizer que quem precisar de uma vaga agora, pode acabar morrendo esperando.
Autoridades sanitárias do país e do mundo dizem que o distanciamento social é a melhor maneira para tentar diminuir a circulação do vírus. Pelo menos enquanto a vacina não chegar para a grande massa da população. E é justamente por isso que Curitiba quer voltar para a bandeira vermelha.
Apesar de ainda não haver uma definição sobre esse assunto, informações da imprensa local dão conta de que é muito provável que a Prefeitura opte pelos fechamentos novamente. Uma resultado, no entanto, deve sair a qualquer momento na tarde desta sexta-feira (28).
Como dito, ainda não há uma confirmação sobre quais os trabalhadores que parariam de trabalhar em um retorno da bandeira vermelha. Entretanto, se as regras da última bandeira se repetirem, então todos os serviços não essenciais irão ter que passar por fechamentos.
Então tudo aquilo que não for supermercado, padaria, farmácia ou posto de gasolina iria ter que fechar novamente. No caso dos restaurantes e lanchonetes, esses trabalhadores poderiam trabalhar em esquema de drive-thru. A Prefeitura proibiu o consumo de bebidas ou de qualquer outro produto nesses locais.
Nos hospitais, vários médicos enviaram apelos para o Governo do Estado do Paraná para que eles tomem medidas. É que o colapso é visível e eles temem que a falta de atitude possa acabar matando ainda mais gente do que está morrendo atualmente.
Esses fechamentos reacendem o debate sobre a necessidade de um Auxílio Emergencial mais forte. É que esses trabalhadores estão sem uma saída neste momento. De um lado, a continuidade do trabalho os expõe a um vírus para o qual o estado não tem mais leitos de recuperação.
De outro, a falta do trabalho acaba fazendo com que eles percam boa parte da renda mensal. E o Auxílio Emergencial do Governo Federal quase não dá para muita coisa. De acordo com o Ministério da Cidadania, que responde pelo benefício, os valores este ano variam entre R$ 150 e R$ 375.
A cidade de Curitiba está pagando uma espécie de auxílio alimentar para as pessoas mais vulneráveis. No entanto, o valor também não é suficiente e o público é muito reduzido. Esse dinheiro, por exemplo, não está chegando nas mãos da maioria dos trabalhadores que estão tendo que fechar os seus comércios.