Curiosidades

Ela parece comum, mas pode valer uma grana: o segredo da moeda de 10 centavos de 1999

Moedas de 10 centavos do ano de 1999 estão sendo procuradas por colecionadores de todo o país. Entenda o motivo

Neste exato momento, é possível que colecionadores de todo o país estejam buscando uma moeda específica de 10 centavos que pode valer muito dinheiro. Estamos falando de uma peça rara que faz parte da nossa história monetária.

A moeda em questão foi cunhada no ano de 1999. A boa notícia é que você não precisa ser um especialista na área da numismática para identificar esse exemplar. Basta prestar atenção aos detalhes para saber se o item que você pegou no trocado é do ano de 1999.

Mas calma, nem todas as moedas de 10 centavos do ano de 1999 podem ser consideradas raras. De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, para que o exemplar seja vendido por muito dinheiro, será necessário que ele conte com a uma característica específica.

A moeda de 10 centavos de 1999

A moeda de 10 centavos do ano de 1999 faz parte da chamada segunda família do Plano Real. Essas peças começaram a ser fabricadas em 1998 e seguem sendo fabricadas no mesmo molde até hoje.

Até mesmo por isso, os exemplares em questão possuem basicamente as mesmas características gerais. Veja abaixo quais são os principais detalhes das moedas de 10 centavos de 1999 tomando como base as informações do Banco Central (BC): 

  • Material: bronze sobre aço
  • Diâmetro: 20,0 mm
  • Massa: 4,80 g
  • Espessura: 2,23 mm
  • Bordo: serrilhado
  • Eixo: reverso moeda (EH)  ?
  • Circulação: de 01/07/1998 a atual
  • Desenho do Anverso: Efígie de D. Pedro I – proclamador da Independência, primeiro imperador do Brasil -, ladeada pelo dístico Brasil e por cena alusiva à proclamação da independência política do País, ocorrida em 7 de setembro de 1822, em São Paulo, às margens do ribeirão Ipiranga.
  • Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem.

Dom Pedro I

Uma das principais curiosidades sobre a moeda de 10 centavos da segunda família do Plano Real é que ela conta com a representação de uma das figuras mais conhecidas da história do Brasil: Dom Pedro I. Ele foi um dos principais condutores do país no processo de Independência da Coroa Portuguesa.

De acordo com historiadores, Dom Pedro I foi muito criticado pelo seu autoritarismo, o que motivou o seu divórcio com as elites brasileiras. No meio da crise, ele renunciou ao trono em 1831 e voltou a Portugal.

Os valores da moeda de 1999

De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, as moedas de 10 centavos de 1999 podem ser vendidas por R$ 110. Mas para que isso aconteça, é necessário que a peça conte com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso horizontal.

Essa característica é catalogada em uma série de outras moedas de outros anos específicos. Veja na imagem abaixo: 

Valores projetados para as moedas de 10 centavos. Imagem: YouTube

O que é uma moeda reverso horizontal?

Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso horizontal? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso horizontal, e são consideradas muito raras. 

Basicamente, as moedas com reverso horizontal são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou horizontal ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima. 

Se o outro lado estiver de cabeça para o lado, estamos falando de uma moeda com reverso horizontal, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso horizontal. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais. 

“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.