Provavelmente você já ouviu falar na palavra EJA. Ela se refere à sigla para Educação de Jovens e Adultos, modalidade que tomou forma oficialmente na década de 40 no Brasil.
O projeto, que está inserido no ensino público do país inteiro, surge como uma luz no fim do túnel para números bem desanimadores.
Para se ter uma ideia, em pleno século 21, cerca de 52% dos brasileiros tiveram a oportunidade de finalizar os anos educação formal, ou seja, pegar o diploma do Ensino Médio.
Em decorrência disso, surgem dificuldades no ingresso ao mercado de trabalho, destinando essas pessoas a cargos de menor relevância no mercado de trabalho e salários baixos, além de muitos outros problemas.
Ambos os dados são de uma pesquisa divulgada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em 2018.
De acordo com o Censo Escolar da Educação Básica realizado em 2019, o programa de Educação de Jovens e Adultos soma mais de três milhões de alunos matriculados.
Apesar de ser um alto número, o estudo, que foi divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), apontou que uma queda expressiva no número de adesões: exatamente 7,7%.
Ainda segundo o panorama exposto pelo Censo, a maioria dos estudantes do EJA têm até 30 anos de idade. Nessa faixa de idade, a saber, há mais homens estudando no projeto do que mulheres.
Por outro lado, o público feminino adulto adere mais aos estudos para obter a formação no Ensino Médio através do programa. Isso também quando se refere às mulheres com mais de 30 anos.
Outro dado importante a ser citado é sobre a cor e raça declaradas no Censo pelos estudantes inscritos no EJA. Nessa modalidade a predominância é por alunos que se autodeclaram pretos e pardos.
O EJA foi regulamentado com o objetivo de dar uma chance para quem precisou parar de estudar de formar na educação básica.
É destinado, como o próprio nome indica, para jovens e adultos, mas também pode ser usufruído por idosos. Essas pessoas, quando matriculadas, têm uma rotina de estudos com grade de aulas compatível com os anos correlatos.
Há situações especiais em que se aceitam adolescentes entre 15 e 18 anos para finalizarem os estudos no Ensino Fundamental.
Nesse sentido, tal modalidade é vista como uma saída para muitos brasileiros que desejam mudar de vida. E você, acha que o papel do EJA está sendo bem cumprido?