SP: Presença de anticorpos contra Covid-19 diminui na rede municipal

16% das crianças e adolescentes em idade escolar na cidade de São Paulo já tiveram contato com o vírus

De acordo com um mapeamento realizado pela Prefeitura de São Paulo, a presença dos anticorpos contra contra Covid-19 se mostra diferente entre escolas públicas e privadas.

O levantamento exibe que as taxas diminuíram nos estudantes de instituições municipais. Assim como elas aumentaram nos alunos da rede privada.

A divulgação dos números ocorreu no início da tarde desta terça-feira (13) pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).

O estudo aponta que aproximadamente 16% das crianças e adolescentes em idade escolar na cidade de São Paulo já tiveram contato com o vírus da Covid-19.

A prevalência subiu entre aqueles que estudam nas escolas privadas – de 9,7% para 12, 6% no intervalo entre os dias 3 e 17 de setembro. Por outro lado, essa taxa caiu entre aqueles que estudam na rede municipal, assim como estadual –  de 18,4% para 17,6% e 17,2% para 15,4%, respectivamente.

Em relação aos prevalência entre professores foi menor e ficou entre 4,5% a 7,8%.

Inquérito sorológico em alunos e professores

Os dados fazem parte da quarta fase do inquérito sorológico escolar, resultante de mais de 2 mil exames.

A saber, o exame não tem o intuito de identificar os casos atuais, mas sim aquelas pessoas que já tiveram contato em algum momento com o coronavírus.

Vale dizer que a presença de anticorpos no organismo não significa imunidade do indivíduo.

O percentual de crianças que tiveram contato com o vírus, mas não demonstraram sintomas, variou de 64,4% a 69,5% nas diferentes fases do inquérito. A proporção de assintomáticos chegou a 71,3% entre os alunos da rede municipal nesta última leva de exames.

Casos de estudantes assintomáticos

O alto percentual de assintomáticos entre os estudantes é a principal preocupação da prefeitura na reabertura das escolas, segundo Bruno Covas. Sem sintomas da doença, os alunos podem acabar frequentando as unidades de ensino carregando o vírus e, assim, transmitir a doença para outras crianças e também para familiares, professores e funcionários.

Nas diferentes fases da pesquisa o percentual de assintomáticos entre os estudantes variou de 64,4% a 69,5%. Na última fase, divulgada nesta terça, o percentual foi maior na rede municipal, com 71,3% dos alunos com resultado positivo sem sintomas prévios da doença. Na fase anterior, das 66% das crianças e adolescentes das escolas públicas e privadas que não apresentaram sintomas, 70,3% eram da rede privada.

Segundo a pesquisa, dentre os alunos das escolas particulares, 31,1% moram com pessoas com mais de 60 anos, que fazem parte do grupo de risco da doença. Na rede pública, esse percentual varia de 26% a 29%.

Assim como nos adultos, a Covid-19 entre crianças também ocorre mais nas faixas de renda mais baixas. A presença de anticorpos nas classes D e E é de 17,6%, o dobro da registrada nas classes A e B. A prevalência também é maior entre crianças e adolescentes pretos ou pardos, na comparação com brancos.

Nesta terça-feira (13) a Prefeitura de São Paulo também divulgou uma nova fase do inquérito sorológico realizado em adultos. A pesquisa constatou que a prevalência da Covid-19 está em torno de 13,6% entre adultos, um percentual menor do que o registrado entre crianças e adolescentes. Apesar disso, os adultos da capital são menos assintomáticos: de 31,1% a 43,7% com resultado positivo no exame de anticorpos não apresentaram qualquer sintoma.

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