Cotado para assumir MEC, Renato Feder defende aprovação do novo Fundeb

Criado em 2007 como temporário, o Fundeb vence em 31 de dezembro deste ano

Um dos nomes cotados para assumir o Ministério da Educação (MEC), após a saída de Abraham Weintraub, na semana passada, o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, se reuniu na terça-feira (23) com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. Na ocasião, Feder defendeu a importância da aprovação do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Criado em 2007 como temporário, o Fundeb vence em 31 de dezembro deste ano. O Congresso Nacional analisa uma nova proposta para torná-lo permanente a partir de 2021. No entanto, há um impasse entre o governo e os deputados sobre o valor de repasse previsto pela União.

A relatora na Câmara dos Deputados do projeto que institui este novo Fundeb, deputada Professora Dorinha Seabra, propõe que a União contribua com 12,5% do fundo para financiar o ensino básico.

O valor previsto é maior que o atual, mas menor que o descrito inicialmente no projeto. O dinheiro do fundo reforça a verba de estados e municípios para investimentos da educação infantil ao ensino médio.

Atualmente, a União complementa o fundo com 10% sobre o valor aportado por estados e municípios. O projeto previa 15% em 2021, com aumento de um ponto percentual por ano até o patamar de 20%, de 2026 em diante.

Na reunião, Feder disse que o presidente quis saber sobre os projetos implantados no Paraná sobre a educação remota. “O presidente se demonstrou muito preocupado com a educação, quis mais detalhes sobre a educação remota que implantamos no Paraná e também conversamos sobre o Fundeb, sobre a importância da aprovação desse fundo pelo Congresso”, contou Renato Feder ao G1 Paraná.

Na conversa com o Bolsonaro, que segundo o secretário durou mais de uma hora e contou com a participação de generais que integram o governo, não foi feito nenhum convite para ele assumir a pasta.

O secretário de Educação do Paraná disse também que a maior parte da conversa foi sobre tecnologia, sobre ferramentas educacionais que o Ministério da Educação pode oferecer para secretaria estaduais e municipais.

“No Paraná, as aulas remotas estão dando muito certo. Os jovens têm aulas pelo celular, podem interagir com o professor pelo aplicativo, além das escolas terem um acompanhamento diário da frequência dos estudantes. Mostrei ao presidente os nossos projetos e soluções que podem ser adotadas em todo o país”, disse o secretário de Educação do Paraná.

 

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