Apenas 4,9% das cidades têm data prevista para reabrir escolas em 2020

Mais de 3,7 mil cidades não têm data para retorno de aulas presenciais

Um levantamento realizado em setembro pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) constatou que, de 3.988 governos locais, apenas 197 (4,9% da amostra) têm uma data para reabrir as escolas.

De acordo com a CNM, entretanto, “a realidade tem mostrado, especialmente em nível estadual, que as previsões iniciais não têm se confirmado e o retorno tem sido adiado, a exemplo do que ocorreu no Maranhão, Rio Grande do Norte, Acre, Piauí e Distrito Federal”.

Por outro lado, 3.742 prefeituras consultadas pela pesquisa não têm previsão para a retomada das aulas presenciais em suas redes municipais de ensino.

A saber, a amostra colhida pela CNM engloba 71,6% das cidades do país, que, ao todo, possui 5.570 municípios.

Em relação às prefeituras que não confirmaram um calendário de retorno, de acordo com a entidade, não significa uma “posição omissa” dos prefeitos.

“Ao contrário, decidir pela não retomada das aulas indica uma postura responsável e cautelosa do gestor. A situação não pode ser simplificada, a pandemia já representa prejuízo à aprendizagem dos alunos e da educação como um todo. Mas a pergunta sobre quando retornar essas atividades precisa ter uma resposta com responsabilidade. Pois é inegável a preocupação com a retomada das aulas por conta da disseminação do vírus”, diz o relatório da pesquisa.

Risco de contaminação baliza a não reabertura das escolas

Para a CNM, o principal impasse para que as prefeituras não se decidam sobre a reabertura das escolas se dá por conta dos riscos de contágio por Covid-19.

De acordo com as autoridades sanitárias de diversos estados, o dia a dia escolar pode significar um aumento gradativo nos casos de coronavírus. Sendo assim, professores, alunos e funcionários se colocariam em uma situação vulnerável ao voltar para as atividades.

“O entendimento é balizado pelo risco de aumento de contaminação da covid-19, em razão da exposição de milhares de estudantes e professores, o que pode colocar a população em potenciais situações de contágio”, diz a CNM.

Segundo a pesquisa, boa parte dos municípios que não pensam na reabertura oferecem algum tipo de atividade pedagógica a distância. O material impresso ocupa o primeiro lugar entre as opções escolhidas pelas prefeituras.

Muitas outras têm investido também nos meio digitais, cerca de 3.152 cidades (81,1%). E quando se trata de TV e rádio somente 6,5% dos municípios ouvidos (254) realizam aulas por me rádio, equivale somente a 3,5% das cidades.

Um panorama interessante é sobre o uso de aplicativos de mensagens, que têm auxiliado na entrega de lições pelos alunos. 3.360 municípios (86,4% da amostra) apostam nesse método atualmente.

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