Em meio à pandemia da doença causada pelo Coronavírus, o Governo Federal, através do presidente Jair Bolsonaro, abriu as inscrições do novo edital de seleção para Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O certame visa o preenchimento de 1.172 vagas celetistas, em cargos da área da saúde. As oportunidades serão oferecidas para cargos de ensino médio, técnico e superior.
Para nível médio, o edital da FIOCRUZ 2020 abre nada menos que oito vagas. As oportunidades são destinadas para o cargo de Auxiliar Administrativo, cujo salário é de R$1.500. A lotação dos aprovados deste cargo vai acontecer em Manguinhos, no Rio de Janeiro.
Para nível médio técnico, o edital conta com 539 vagas, além de cadastro reserva. As vagas são oferecidas para os cargos de técnico de radiologia, em farmácia e em enfermagem. O salário, em todos os casos, será de R$2.700.
O restante das vagas serão oferecidas para nível superior, com salários de até R$5 mil. As oportunidades são para os cargos de médico (intensivista, plantonista, pneumologista, obstetra, pediatra e clínico geral), enfermeiro (intensivista, plantonista e em saúde da família), fisioterapeuta (rotina e plantonista), farmacêutico, psicólogo, assistente social, médico do trabalho e nutricionista. Os salários chegam a até R$5 mil.
As oportunidades oferecidas no edital da FIOCRUZ são para áreas de Infectologia, Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, Atenção Primária em Saúde e Saúde do Trabalhador.
É importante lembrar que as vagas são oferecidas para os seguintes locais:
As contratações são feitas em caráter temporário, com duração de seis meses, com possibilidade de prorrogação.
Os interessados em concorrer a uma das vagas poderão se inscrever até 03 de abril de 2020, no site oficial da Fiotec. Não haverá taxa de inscrição.
Será proibida a inscrição de pessoas que estejam nos grupos de risco para o coronavírus, conforme informou o Ministério da Saúde. São os casos:
A seleção da Fiocruz 2020 vai será composta por três etapas. A primeira etapa vai consistir na análise de inscrições dos candidatos. Na segunda etapa, serão analisados os currículos, entre os dias 04 e 10 de abril. O resultado final vai sair no dia 25 de abril.
De acordo com o edital, a primeira etapa vai ter pontuação correspondente para a apuração da classificação para a entrevista técnica. Serão eliminados os candidatos que não atenderem aos requisitos eliminatórios.
Para a terceira e última etapa da seleção, serão chamados O número de candidatos correspondentes ao número de vagas, até que seja concluído todas as oportunidades. A entrevista técnica terá pontuação correspondente para a apuração da classificação final.
Vale lembrar que as entrevistas vão acontecer em horário comercial a ser divulgado aos candidatos na segunda etapa. No momento da realização da terceira etapa, o candidato deverá demonstrar competências e experiência nos seguintes temas:
O candidato, no momento da comprovação de requisitos e contratação, deve:
A história da Fundação Oswaldo Cruz começou em 25 de maio de 1900, com a criação do Instituto Soroterápico Federal, na bucólica Fazenda de Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro. Inaugurada originalmente para fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica, a instituição experimentou, desde então, uma intensa trajetória, que se confunde com o próprio desenvolvimento da saúde pública no país.
Pelas mãos do jovem bacteriologista Oswaldo Cruz, o Instituto foi responsável pela reforma sanitária que erradicou a epidemia de peste bubônica e a febre amarela da cidade. E logo ultrapassou os limites do Rio de Janeiro, com expedições científicas que desbravaram as lonjuras do país. O Instituto também foi peça chave para a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, em 1920.
Durante todo o século 20, a instituição vivenciou as muitas transformações políticas do Brasil. Perdeu autonomia com a Revolução de 1930 e foi foco de muitos debates nas décadas de 1950 e 1960. Com o golpe de 1964, foi atingida pelo chamado Massacre de Manguinhos: a cassação dos direitos políticos de alguns de seus cientistas. Mas, em 1980, conheceu de novo a democracia, e de forma ampliada. Na gestão do sanitarista Sergio Arouca, teve programas e estruturas recriados, e realizou seu 1º Congresso Interno, marco da moderna Fiocruz. Nos anos seguintes, foi palco de grandes avanços, como o isolamento do vírus HIV pela primeira vez na América Latina.
Já centenária, a Fiocruz desenha uma história robusta nos primeiros anos do século 21. Ampliou suas instalações e, em 2003, teve seu estatuto enfim publicado. Foi uma década também de grandes avanços científicos, com feitos como o deciframento do genoma do BCG, bactéria usada na vacina contra a tuberculose. Uma trajetória de expansão, que ganhou novos passos nesta segunda década, com a criação de escritórios como o de Mato Grosso do Sul e o de Moçambique, na África. Um caminho que se alimenta de conquistas e de desafios sempre renovados.