Votação de vetos presidenciais sobre folha de pagamento deve ser adiado mais uma vez

Ministério da Economia cogita desoneração de até 25% da folha de pagamento para todas as faixas salariais de empresas

A sessão no Congresso para votar os vetos presidenciais deve ser adiada mais uma vez. A sessão estava programada para terça-feira, 11 de agosto, mas Davi Alcolumbre, presidente do Congresso, deve adiar para semana que vem. A informação foi confirmada pelo Valor Econômico e dada por assessores próximos de Alcolumbre.

A explicação oficial para o possível adiamento é o luto oficial de quatro dias pelos 100 mil mortos por covid-19 no Brasil. Nos bastidores, de acordo com o site, apontam que o motivo é a relação conturbada para chegar a um acordo sobre tantos vetos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A relação ficou conturbada após o governo vetar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores e parte do marco legal do saneamento. Esse último foi contra acordo feito pelo Palácio do Planalto. Não são feitas sessões para votar vetos desde março.

Estão na pauta também alterações feitas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) desde ano, vetos à lei do auxílio emergencial de R$ 600 e prorrogação do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica.

O Ministério da Economia cogita desoneração de até 25% da folha de pagamento para todas as faixas salariais de empresas. Para isso, a equipe do governo acredita que seja necessário criar um novo imposto, que será aplicado sobre os pagamentos. Rodrigo Maia afirmou que é radicalmente contra qualquer tipo de novo imposto.

De acordo com a Folha de S. Paulo, Bolsonaro afirmou para Guedes que ele pode voltar a testar o apoio à nova CPMF. O novo imposto está muito impopular entre deputados e senadores. Ainda de acordo com o jornal, o presidente teria confessado nos bastidores que a nova CPMF dificilmente terá apoio entre os políticos e que a iniciativa pode acabar desgastando a imagem do governo.

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