‘Qualquer coisa que fala, mercado fica irritadinho; vamos deixar disso’, diz Bolsonaro

No fim desta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mostrou estar irritado com o mercado financeiro. Nos últimos dias, o mercado tem mostrado instabilidade ao temer o retorno do auxílio emergencial, além dos planos de redução de impostos sobre combustíveis. O temor é de que isso desrespeite os pilares macroeconômicos do teto de gastos, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a regra de ouro.

“Nós queremos tratar da diminuição dos impostos num clima de tranquilidade e não num clima conflituoso no Brasil. E o pessoal do mercado, qualquer coisa que se fala aqui, vocês ficam aí irritadinhos na ponta da linha, né. Sobe dólar, cai a bolsa”, disse o presidente durante sua habitual live semanal.

“Pessoal, se o Brasil não tiver um rumo, todo mundo vai perder. Vocês também, pô. Então vamos deixar de ser irritadinhos que não vai levar a lugar nenhum. A gente está buscando soluções. Uma das maneiras de nós diminuirmos o preço do combustível é se o dólar cair aqui dentro. Mas qualquer negocinho, qualquer boato na imprensa, está aí esse mercado nosso, irritadinho. Aí sobe o dólar. Todo mundo perde com isso, pessoal”, continuou.

Para Bolsonaro, uma nova rodada de pagamento do auxílio emergencial durante alguns meses representaria endividamento. Ainda assim, ele afirmou que o governo deve fechar proposta sobre o tema com responsabilidade. Bolsonaro disse ainda que o auxílio será “emergencial” e não “vitalício”.

“Não pode, quando se fala em discutir por mais alguns meses, poucos meses, a prorrogação do auxílio emergencial o mercado ficar se comportando dessa forma que está aí. ‘Ah, vamos dar um sinal para eles de que não queremos isso’. Pessoal, vocês sabem o que é passar fome? Vocês sabem a necessidade que esse povo passa para simplesmente não estender a mão numa hora de necessidade? Nós sabemos”, disse ele.

O presidente afirmou ainda que o Brasil possui atualmente dívida interna de cerca de R$ 5 trilhões e que vive em situação crítica. De acordo com ele, a intenção é, “com responsabilidade, diminuir a carga tributária no Brasil”.

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