Prorrogar auxílio pioraria situação dos mais pobres?

Em entrevista a CNN Brasil na terça-feira (05), o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, afirmou que a prorrogação do Auxílio Emergencial é inviável e prejudicaria, por fim, a situação dos mais pobres do país.

“Se o governo continuasse gastando com o auxílio emergencial a dívida pública ia aumentar muito no final do dia. Os juros iam ter que aumentar e a situação dos mais pobres iria piorar ao invés de melhorar”, apontou. Sachsida. “Temos que prestar atenção no lado fiscal. Garantindo o lado fiscal, o investimento privado volta e volta o emprego”, completou.

Para o secretário a consolidação fiscal é importante para os mais pobres. Já que seriam eles  que sofreriam com inflação e o desemprego. “Muitas pessoas criticam a equipe econômica do governo Bolsonaro, mas o auxílio emergencial não dava para continuar. Ia nos colocar numa situação fiscal muito complicada”, afirmou.

Fim do Auxílio Emergencial

Em dezembro, Bolsonaro descartou a renovação do Auxílio Emergencial.  “[A prorrogação] É o caminho certo para o insucesso. Temos que ter a coragem de tomar decisões. Pior que uma decisão até mesmo mal tomada é uma indecisão. Temos que decidir, temos que operar pelo nosso povo, pelo nosso país”, afirmou Bolsonaro ,no final do ano passado, em evento em Foz do Iguaçu (PR).

Bolsonaro também já havia descartado na época o lançamento do Renda Brasil.  

Até agora não há previsões de qualquer benefício extra ou aumento do valor pago pelo programa Bolsa Família. Aumentar o valor pelo Bolsa Família chegou a ser cogitado pelo presidente, porém ele não apresentou propostas  concretas para isso.

Mesmo com o Auxílio Emergencial sendo pago, um total de 14 milhões de famílias viviam em extrema pobreza no país e outras 2.877.099 em situação de pobreza.

Ainda, para se ter uma ideia do impacto do Auxílio Emergencial: o benefício foi a única renda de 2,9 milhões de domicílios em novembro.  Os dados foram divulgados esta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Ao todo, até o último dia 28, o programa do Auxílio Emergencial pagou R$ 291,8 bilhões a 67,9 milhões de beneficiários. Os dados fazem parte de balanço da Caixa.

Para ter direito ao Auxílio Emergencial era necessário que a renda per capita do solicitante não poderia ultrapassar meio salário mínimo  e a renda familiar total para receber o auxílio era de até três salários mínimos. Mulheres consideradas “chefes de família” poderiam receber o dobro do valor, caso comprovassem a situação.

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