Guedes defende ‘travar o resto todo’ do orçamento caso auxílio emergencial seja renovado

O auxílio emergencial será renovado? Não se sabe. O que se sabe é que este não é o desejo do governo. Guedes disse nesta terça-feira (26) que a intenção da área econômica é a vacinação em massa da população brasileira, além da queda no número de mortes devido a Covid-19. Tais fatores também contribuiriam para um retorno mais intenso da atividade econômica, de modo que não seja preciso renovar o auxílio emergencial.

Uma hipótese para renovação do auxílio emergencial, de acordo com ele, seria houvesse um atraso na vacinação, com consequente agravamento da pandemia. Para renovar o benefício, deveria então o governo conter os demais gastos.

“Não pode ficar gritando guerra toda hora. Tem de ter muito cuidado”, disse Guedes, se referindo ao chamado “orçamento de guerra”.  O orçamento foi aprovado pelo congresso e permitiu que o governo fizesse um investimento bilionário em ações de combate à pandemia.

“Quer criar o auxilio emergencial de novo, tem de ter muito cuidado. Pensa bastante, pois, se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública, pois a prioridade passou a ser absoluta, é uma guerra. Aqui é a mesma coisa, se apertar o botão ali, vai ter de travar o resto todo [do orçamento]. Então vamos observar a economia, a saúde, os dois andam juntos, e esperar pelo melhor”, argumentou.

Auxílio emergencial: o que diz Bolsonaro?

No Congresso, partidos de oposição e aliados tem se posicionado a favor de uma versão 2.0 do auxílio emergencial. Há, inclusive, uma pressão política para nova rodada do benefício. Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro tem negado qualquer possibilidade do pagamento do benefício em 2021. Uma das alegações frequentes é à disparada do endividamento público no ano passado

“A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento está no limite”, disse Bolsonaro, na segunda-feira (25).

A medida, porém, tem um impacto muito grande do Brasil. Aproximados 68 milhões de brasileiros se beneficiaram do recebimento das parcelas do Auxílio Emergencial.
Outra pesquisa ainda revela o impacto da não renovação do benefício: cerca de 70% dos que receberam auxílio ainda não conseguiram outra renda. Os dados são do Instituto Datafolha. Dessa forma, essas pessoas podem ter problemas para comprar itens básicos.
As primeiras parcelas do auxílio emergencial foram de R$ 600, podendo chegar até R$ 1,2 mil para mães consideradas chefes de família. Depois de setembro, o benefício foi prorrogado por mais quatro meses, mas o valor foi reduzido para R$ 300 e R$ 600 para famílias com direito a duas cotas).

Um opção para garantir alguma renda, é para aqueles que querem se cadastrar no Bolsa Família. Basta clicar aqui e descobrir se tem direito ao benefício.

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