Governo nega privatização de Petrobras, Caixa e Banco do Brasil

Segundo o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, a Petrobras, Caixa Econômica e Banco do Brasil não estão nos planos de privatização.

Já há algum tempo que a privatização de estatais vem sendo discutida, porém, houveram na terça-feira, 18 de fevereiro, algumas atualizações por parte do secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar. De acordo com ele, a Petrobras, Caixa Econômica e Banco do Brasil não estão nos planos de privatização.

Vale lembrar que essa notícia não é novidade: ainda em 2019, Mattar já havia afirmado que a Petrobras, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil não estavam para ser privatizadas e, em entrevista à CBN, o secretário disse que elas estão fora da lista de privatização pelo “forte clamor” para que se mantenham estatais.

“Temos um universo de empresas. No site do Ministério da Fazenda, há 698 ativos empresariais listados. Com certeza, a Caixa, o Banco do Brasil e a Petrobras não estão nos planos de privatização neste governo. Não está dentro do nosso mandato. Vamos vender tudo o que é possível e deixar essas três para o final, talvez o próximo governo”, disse ele sobre o assunto.

Ele fez essa declaração na terça-feira, 18, durante o evento CEO Conference Brasil 2020, do banco BTG Pactual.

Quais empresas podem ser privatizadas?

Sobre a privatização da Casa da Moeda e Correios, Mattar: “Há mais interessados estrangeiros que brasileiros”, e afirmou também que o termômetro vai ser melhor quando a privatização dessas empresas começar.

Ainda durante o evento da BTG Pactual, Mattar revelou que a Eletrobras será privatizada ainda em 2020. O governo já está se preparando para decidir qual será o modelo de capitalização. De acordo com o secretário, há aliados no Senado e na Câmara dos Deputados.

Em entrevista a CBN, o secretário afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro estava buscando alternativas para acelerar os processos de privatização e falou do estudo para aplicação do “fast track“, ritmo acelerado para promover muitas vendas até 2021.

Segundo O Globo desta terça-feira, 18, a tendência, de acordo com técnicos que participam das discussões, é que o sistema seja oficializado por meio de um decreto, ou seja, não será necessário propor um Projeto de Lei (PL) ao Congresso Nacional, com prazo de tramitação imprevisível, como já foi anunciado pelo governo.

Bolsonaro já havia negado privatização

Em dezembro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro já vinha negando qualquer intenção de privatizar o Banco do Brasil, Petrobras e Caixa.

“Da minha parte, não existe qualquer intenção de pensar em privatizar Banco do Brasil ou Caixa Econômica. Zero”, afirmou Bolsonaro aos jornalistas.

Concurso Banco do Brasil previsto

O próximo concurso público do Banco do Brasil (Concurso Banco do Brasil BB 2020) foi confirmado pela instituição. A assessoria de imprensa informou ao site Folha Dirigida que o “banco estuda lançar um concurso público” ainda este ano.

No entanto, conforme informações obtidas junto a uma fonte do alto escalação do banco, os preparativos de abertura do concurso do Banco do Brasil 2020 já estão bastante adiantados e a organizadora, inclusive, já foi escolhida e elabora o edital, com previsão de divulgação em março.

Segundo informações da assessoria de imprensa do Banco do Brasil, a ideia é contratar escriturários para a área de tecnologia. Apesar disso, é bem provável que o banco inclua vagas para escriturário generalista, de perfil mais tradicional, com atuação em atividades bancárias/administrativas.

Vale destacar que o cargo de Escriturário, independentemente do perfil que o banco busca, tem requisito de nível médio. Ou seja, não há requisito de nível técnico e nem superior para concorrer ao cargo.

Escriturário de nível médio do Banco do Brasil faz jus ao salário de R$4.036,56 mensais, valor que já inclui os auxílios-refeição e alimentação, por jornada de 30 horas semanais. Além disso, os profissionais contarão com direito a:

– Auxílio-transporte (variável de acordo com a localidade do funcionário);

– Participação nos lucros (geralmente, paga duas vezes ao ano)

– Plano de saúde e odontológico; – Previdência privada com participação do banco;

– Auxílio creche/babá – Auxílio ao filho com deficiência; e

– Possibilidade de ascensão profissional.

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