Especialistas afirmam que governo não tem condições de suspender auxílio emergencial

O terço mais pobre da população sentiria o maior impacto do fim do auxílio agora

Em julho, todos os estados brasileiros tiveram aumento nos pedidos de auxílio emergencial para o governo. O benefício foi criado durante a pandemia do novo coronavírus para ajudar trabalhadores mais vulneráveis. O aumento de pedidos em julho foi medido pela pesquisa Pnad Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Folha de S. Paulo, a pesquisa Pnad Covid-19 mostrou que o auxílio emergencial continua ajudando a população mais pobre do Brasil, amplamente afetada pela pandemia. Ainda segundo especialistas ouvidos pelo jornal, interromper o pagamento desse benefício teria impacto principalmente entre os mais vulneráveis.

Os economistas ouvidos pela Folha concluíram também que o auxílio ajudou a fomentar a economia brasileira e incentivou o consumo. Em julho, o desemprego no Brasil foi de 13,1%. Daniel Duque, pesquisador do FGV-Ibre, afirmou à Folha que, se o auxílio for interrompido, o terço mais pobre dos brasileiros será o mais afetado.

O pesquisador definiu o auxílio de R$ 600 como uma forma de ajudar, mesmo que temporariamente, a recuperação do comércio. Na pesquisa IBGE divulgada nesta semana, foi revelado que o valor médio de auxílio recebido em julho foi de R$ 896 por domicílio. Nos estados do Amapá, Maranhão, Pará, Alagoas, Amazonas e Piauí, mais de 60% dos domicílios recebem auxílio emergencial referente à pandemia.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revelou nesta sexta-feira que o auxílio continuará sendo pago até dezembro. Ele não revelou o valor.

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