Auxílio emergencial será substituído? Saiba aqui.

Candidato a presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) afirmou que acredita não ser viável uma “solução a curto prazo” para substituir o auxílio emergencial, que teve seus pagamentos encerrados neste mês. A declaração  foi dada nesta segunda-feira (11), em coletiva para jornalistas.

Pesquisas apontam que milhões de brasileiros terão suas rendas reduzidas, sem o auxílio. Isso pode agravar ainda mais o número de pessoas que vivem em extrema pobreza. Para se ter uma ideia, de acordo com o último levantamento, mais de 14 milhões de família vivem em extrema pobreza no Brasil.

Em outras palavras, quatro milhões de famílias vivem com valor igual ou inferior a R$ 89 per capita no Brasil. Os dados foram retirados das informações do Cadastro Único e fazem parte do ultimo balanço divulgado pelo Ministério da Cidadania.

Os pagamentos mensais do auxílio emergencial foram a única fonte de renda para 2,9 milhões de domicílios (4,3%) no país no mês de novembro, de acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).  Sem o benefício, as economias das regiões Norte e Nordeste devem ser as mais prejudicadas.

Deputado afirma que defendeu revisão do auxílio emergencial desde 2020

O deputado afirmou também que era necessária a substituição do programa ou iniciar um movimento para que isso acontecesse ainda no ano passado – quando o chamado “Orçamento de Guerra” estava em vigor. O governo até agora não ofereceu qualquer possibilidade de substituição do auxílio emergencial.

“A gente está cuidando da causa quando não cuidou do problema lá atrás. E volto a dizer o que disse aqui. Cobrei 2020 inteiro para que arrumássemos uma solução, com a PEC do Orçamento de Guerra em vigor. Eu não sou mágico. A gente não tem como propor uma solução a curto prazo”, afirmou Lira.

O que poderá ser feito, de acordo com ele é que o Congresso siga a agenda e priorize a proposta de emenda à Constituição (PEC) conhecida como Emergencial, que propõe para impedir o excessivo endividamento do governo.

A PEC seria um caminho para iniciar uma conversa sobre um novo benefício deste tipo. “Com a PEC Emergencial, que nós temos de tratar ela sem versão, cuidando de tratar de maneira bem detalhada, ela vai nos abrir a possibilidade orçamentária de criar um programa como esse”, disse.

“Com calma e firmeza o único caminho é votar rapidamente o orçamento e na primeira quinzena o governo possa fazer um aceno com orçamento que não lhe crie problemas, e aí fazer esse aceno. Fora isso é brincar com as realidades das pessoas”, completou Lira.

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