Para aqueles que acompanham os movimentos de Roberto Neto, presidente do BC (Banco Central) talvez não seja uma novidade suas falas acerca da economia e tecnologia digital. Ultimamente, as declarações estão realmente recheadas de expressões do tipo.
Tentando entender as “previsões” de Roberto, do Banco Central, o Notícias Concursos vem tentar desvendar nesta terça-feira (04) os caminhos que a economia brasileira seguirá. Isso se dará em uma tentativa de entender as transformações que supostamente ocorrerão no setor financeiro.
Segundo o presidente do BC não entender o que virá daqui para frente é uma constante diante das inovações pelos quais o mundo financeiro vem passando. Ele mesmo lamenta que, se pudesse voltar no tempo, resolveria muitos problemas pelos quais a humanidade passa com a tecnologia.
Roberto prevê que dá para construir agregadores dos serviços financeiros, o que reuniria em um só lugar:
A previsão é que essa junção se dê em um prazo relativamente curto, entre dois e três anos. Dessa forma, claro, não teria como deixar inalterado todo o eixo do universo financeiro. A mudança seria objetiva e clara. As brigas, além dos produtos, seriam também pelos canais. Imagine quem tiver a dominância do canal? Terá toda a experiência da entrada dos clientes no marketplace.
A direção desse caminho está sendo adotada pela economia tokenizada, tendo a monetização dos ativos segura e digitalmente. Aliás, temos aí o metaverso, uma porta de entrada do começo da interação total da economia com o mundo dos dados tecnológicos.
A rápida popularização do Pix não é, na verdade, uma surpresa. Seu lançamento não tem nem dois anos de regulamentação, com um projeto custando aproximadamente R$ 5 milhões. Atualmente, esse sistema instantâneo de pagamentos representa 70% de todas as transferências eletrônicas financeiras eletrônicas das pessoas físicas.
E qual seria o resultado disso tudo? Uma redução de bilhões em dinheiro de papel circulando no Brasil. Mais um indício da economia digitalizada.
Open Finance: outro projeto ambicioso, mas que está dando certo. Até o presente momento, aproximadamente 10 milhões de compartilhamentos consentidos dos dados dos clientes. São também 350 milhões de chamadas APIs semanais, segundo o diretor da regulação do Banco Central, Otavio Damaso.
Ao criar o real digital, a intenção é avançar na digitalização e tokenização da economia, o que otimizará balanços e intermediações financeiras. Dessa forma, consequentemente, modelos novos de negócios poderão ser criados.
Uma moeda digital completará a noção do universo tokenizado. Até mesmo os bancos terão os balanços de maneira tokenizada. Ademais, como benefício haverá funding, securitização, liquidação atomizada, menores riscos, bem como aplicações de investment banking.
O piloto desse real digital está sendo esquematizado para 2023, mais especificamente no segundo semestre. Para isso, estão se fazendo reuniões, projetos, buscando intermediações financeiras mais baratas. O Banco Central, então, garante que toda essa empreitada, será, ao final, uma grande parceria público-privada.