Economia

Economia: desemprego recua 9,1% no segundo trimestre. Confira!

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (31/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego do país teve um recuo de 9,1% no segundo trimestre, até julho deste ano. Este é considerado o menor indicador desde o último trimestre de dezembro de 2015, quando a taxa teve o mesmo percentual.

Apesar do número positivo, existem ainda no país, cerca de 9,9 milhões de pessoas sem trabalho. Por outro lado, é o menor número de desempregados desde o último trimestre de 2016. As informações divulgadas fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

No primeiro trimestre do ano, o índice de desemprego da população estava em 9,3%, ou seja, 10,1 milhões de pessoas. Desse modo, o segundo trimestre terminado em julho, apresentou uma queda de 1,4% na comparação com o índice relacionado ao início de 2022. O menor percentual da série histórica foi em 2014, com 6,5% de desempregados.

Sobre o nível de ocupação, que abrange o percentual relativo ao número de pessoas com idade para trabalhar, houve uma queda de 1,1 ponto percentual, em relação ao primeiro trimestre, ou seja, 57%. Na comparação com 2021, o índice teve uma redução expressiva, de 4,1 pontos percentuais.

Estatísticas sobre a população

Pelos números apresentados pelo IBGE durante o ano, “pode-se observar uma manutenção da tendência de crescimento da ocupação e uma queda importante na taxa de desocupação”. É o que afirma Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios.

O número de pessoas ocupadas foi de 98,7 milhões, sendo considerado  o maior valor desde a série histórica, de 2012. Em relação a  população subutilizada, que compreende desempregados, pessoas que trabalham menos horas, quem não procura emprego, mas que gostaria de trabalhar, houve uma queda para 24,3 milhões.

Segundo os dados divulgados pelo IBGE a taxa de trabalhadores informais no período atingiu o percentual de 39,8% da população ocupada, chegando a 39,3 milhões. O número de profissionais sem carteira assinada foi o maior da série histórica, com 13,1 milhões.

Ainda de acordo com as estatísticas do instituto, o número de trabalhadores brasileiros com carteira assinada foi de 35,8 milhões, registrando um aumento exponencial no período. Já em relação aos trabalhadores por conta própria, o índice atingiu 25,9 milhões de pessoas.

A população que trabalha realizando serviços domésticos ficou em 5,8 milhões de pessoas no período da pesquisa. Sobre o número de empregadores, está em 4,3 milhões de pessoas. O rendimento médio habitual ficou em R$2.693, uma pequena alta em relação ao primeiro trimestre, porém, no acumulado do ano, há um recuo do valor.

Mercado de trabalho

O instituto apontou que as duas atividades que mais influenciaram na queda do desemprego foram o comércio e a reparação de veículos automotores e motocicletas,. Dessa forma, houve um incremento de 692 mil pessoas no mercado de trabalho, uma porcentagem de 3,7% a mais que no trimestre anterior.

O setor de administração pública, defesa, seguridade social educação, saúde humana e serviços sociais teve uma alta de 3,9%, ou seja, 648 mil pessoas. São números positivos que demonstram uma recuperação do emprego, depois de uma crise econômica causada pela pandemia da covid.

No entanto, esse crescimento apresenta-se vulnerável. O número dos trabalhadores informais foi o maior da série histórica, com 39,3 milhões de pessoas, cerca de 559 mil a mais que no primeiro trimestre. Cerca de 39,8% da população ocupada do país  trabalha na informalidade.

Os trabalhadores informais são aqueles que exercem a sua profissão sem carteira assinada, empregadores e pessoas que trabalham por conta própria sem CNPJ, e pessoas que realizam serviços domésticos. Vale ressaltar que o número de profissionais formalizados, com carteira de trabalho, subiu 1,6%.

O mercado aos poucos vai se recuperando em relação aos dados anteriores à pandemia. Entretanto, os dados relativos aos trabalhadores ainda estão inferiores a 2019. O indicador relativo ao rendimento médio dos profissionais do país está 2,8% menor que no auge da crise sanitária, em 2021, com R$2.693 no segundo trimestre do ano.