Se tem um comportamento que boicota qualquer pessoa na hora de produzir, é a procrastinação.
O deixar para depois, o “mais tarde eu faço”, ou o “já vou” pode se tornar um hábito e estes pequenos adiamentos podem acabar por comprometer grandes metas e projetos.
A procrastinação não é um assunto novo.
Um dos grandes filósofos da Antiguidade, Hesíodo já dizia em 700 a.C. : “(…)um homem que adia o trabalho que necessita empreender hoje está sempre de mãos dadas com a ruína”.
Por isso, desde já devemos prestar atenção para que não nos deixemos levar pelo comportamento contraprodutivo da procrastinação.
Cada pessoa trabalha de uma maneira, tem seu ritmo e segue uma certa programação na hora de produzir.
Sendo assim, as estratégias para otimizar o tempo e seguir produzindo com mais eficiência são pessoais. Porém, alguns comportamentos podem ajudar a não tropeçar na hora de agilizar as coisas.
O primeiro movimento, dar o primeiro passo é o mais importante. Trace pequenas metas para cumprir e aos poucos verá que ao cumprir objetivos menores a sensação é estimulante e esta motivação ajuda a seguir em frente.
Outro ponto importante é não esperar pelo melhor momento para fazer algo. Planeje e execute o que você tem de fazer logo, pois esperar para quando melhorar seu humor reforça o comportamento de procrastinação.
Inteligência emocional, ou seja, saber focar a atividade prática de uma maneira separada de suas emoções é o que muitos estudiosos do comportamento humano recomendam. Deste modo nos habituamos a fazer o que é preciso independente de gostar ou não do que tem de ser feito.
O foco são os resultados então é preciso iniciar o movimento para chegar ao objetivo final mesmo que isto implique em não se sentir exatamente preparado para aquela tarefa. Quando colocamos a concentração totalmente no que se está fazendo e diminuímos nossas distrações, a fluidez de trabalho se faz por si só.
Cultive o hábito de diferenciar exatamente o que é atraso do que é procrastinação. Algumas tarefas acabam por sofrer um atraso por causa de imprevistos ou por depender de outras pessoas e serviços. Isto não é deixar para depois. Isto é ter consciência exatamente de todo o processo, de como tudo acontece.
Organize suas tarefas de modo a enfrentar logo o mais complicado antes. Assim, depois de se dedicar mais e com maior ânimo ao ponto mais complicado, você poderá encarar tarefas mais simples, que exigem menos de você posteriormente.
Lembre-se de respeitar seu ritmo para não correr o risco de parar no meio do objetivo e começar outra tarefa.
Dê uma pausa, respire, tome um café e continue. Ser proativo não significa ser uma máquina.
Uma observação importante é ter consciência de sua dificuldade. Assuma seus vícios de comportamento. Não se engane.
Ao assumir que existe uma tendência à deixar para depois fica mais fácil trabalhar a disciplina. Encare sua procrastinação não como uma falha de caráter ou incompetência, mas um modo de agir que atrapalha muito seus resultados. Olhando objetivamente para o tipo de comportamento que se tem, fica mais fácil focar nas soluções práticas.
Esteja preparado para os imprevistos. Considere as hipóteses, o chamado “plano B” para que você não acabe usando um imprevisto como motivo para deixar para resolver depois.
Um exemplo prático é imaginar a seguinte situação: você tem que começar a fazer exercícios pois o médico recomendou. Mas você pensa à noite” se chover eu não vou”. Com este tipo de pensamento no caso do tempo mudar você já se programou para não fazer a caminhada.
Agora considere este modo de pensar diante da mesma situação: “se amanhã chover no horário de caminhar eu vou no final da tarde e caso chova, estarei com capa de chuva ou então levo o guarda chuva”. Perceba que você condicionou seu comportamento a um imprevisto, mas imediatamente já arrumou uma solução para cumprir a meta.
Habitue-se a criar um plano B para não fugir às suas obrigações. Este é um pensamento proativo altamente recompensador.
Sempre tenha em mente que todas as pessoas uma hora ou outra vão procrastinar algo por diversas razões.
Não seja tão exigente com suas ações e nem tão intolerante com suas falhas ou erros do passado.
O pensamento auto destrutivo é muito fácil de acontecer principalmente se passamos por uma fase de auto estima baixa ou em picos ansiosos.
Permita-se errar e aprender sem grandes condenações ou cobranças. Todos estamos em constante aprendizado e este processo se dá por erros e acertos. O que faz a diferença é como aproveitar o aprendizado, ou seja, o que fazer com o que aprendi lá atrás para não se deixar levar pelo mesmo erro novamente.
O que devemos ter na cabeça é que o comportamento de deixar para depois não vai resolver nada.
Afinal de contas se queremos um resultado diferente, temos de nos comportar de maneira diferente, certo?