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E-commerce cresceu 12,6% e faturou R$ 39,6 bi no 1º trimestre de 2022

O e-commerce brasileiro cresceu 12,6% no primeiro trimestre de 2022, o que representou um faturamento de R$ 39,6 bilhões ao comércio digital. Houve também alta no número de pedidos, que totalizou 89,7 milhões de compras online, uma elevação de 14% em comparação aos três primeiros meses do ano passado. Os dados são da Neotrust, empresa de inteligência que monitora o e-commerce brasileiro, e as comparações são feitas em relação ao primeiro trimestre de 2021.

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O destaque é a região Nordeste, que registrou aumento de 20% no faturamento e somou R$ 6,95 bilhões, além de alta de 29% nos pedidos, com 14,3 milhões de compras realizadas. Todas as regiões brasileiras apresentaram crescimento no e-commerce no período, de acordo com a Neotrust. O Sudeste, região com maior faturamento e número de pedidos no varejo digital do Brasil, arrecadou R$ 22,8 bilhões e teve mais de 54,7 milhões de compras online, elevação de 9% em ambos os indicadores em comparação com o mesmo período do ano passado.

As categorias que tiveram maior faturamento no primeiro trimestre de 2022 são telefonia, eletrodomésticos, eletrônicos, moda e acessórios e informática. Os destaques em faturamento são os eletrodomésticos, com crescimento de 25,8%, e moda e acessórios, com elevação de 25,5%. Apesar de configurarem entre os segmentos de maior arrecadação, telefonia e informática apresentaram queda em faturamento, com redução de 0,6% e 20,3%, respectivamente.

Moda e acessórios, beleza e perfumaria, alimentos e bebidas, saúde e utilidades domésticas são as categorias com maior número de pedidos entre janeiro e março deste ano, sendo alimentos e bebidas o setor que mais cresceu no primeiro trimestre, em 73,4%. Saúde também avança no e-commerce, com aumento de 38,1% nas compras online.

Métodos de pagamento

Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o método mais utilizado nas compras digitais nos primeiros três meses de 2022, representando 82,6% do faturamento total. Segundo a Neotrust, houve 6,5 pontos percentuais de redução no número de pagamentos por boleto no primeiro trimestre – movimento contrário ao Pix, que vem sendo utilizado cada vez mais, saltando de 4,3% no primeiro trimestre de 2021 para 9,7% no mesmo período em 2022.

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Segundo a consultoria, o consumidor acaba preferindo utilizar o Pix ao invés do boleto bancário nas compras online devido a praticidade nas transações, que podem ser feitas em qualquer dia e horário, por meio do celular pessoal do comprador, além de novas funcionalidades que possibilitam um pagamento mais facilitado, como o Pix parcelado.

Ainda segundo o levantamento da Neotrust, o número de clientes únicos – que fizeram ao menos uma compra – cresceu no primeiro trimestre deste ano. A pesquisa aponta que 24 milhões de clientes únicos realizaram compras contra 23 milhões no mesmo período em 2021, 16 milhões no mesmo período em 2020 e 13 milhões no mesmo período em 2019.

No entanto, apesar do constante crescimento, o que se percebe é a desaceleração de clientes únicos no e-commerce devido à retomada do varejo físico após a pandemia. Com isso, é esperado um avanço do comércio online de forma menos expressiva em relação aos anos anteriores.

E-commerce cresceu quase 50% em 2021

O faturamento do e-commerce brasileiro cresceu 48,41% no ano passado, puxado também pelo número de vendas, que aumentaram em 35,36%. Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), que não revelam quanto foi faturado em reais.

De acordo com a camara-e.net, o forte crescimento das vendas online em 2021 revela um novo hábito do consumo, com migração de compras para a internet. Se, em 2020, o e-commerce cresceu devido às restrições e ao fechamento das lojas físicas, em 2021 foi diferente, já que as políticas de quarentena foram mais flexibilizadas.

Para se ter uma noção, em novembro de 2021, o e-commerce representou 17,9% das vendas varejistas, um recorde no histórico observado desde janeiro de 2018, quando a penetração era de apenas 4,7%.